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SLC Agrícola (SLCE3) projeta expansão de 10,6% na área plantada

Companhia prevê cultivo de 731,6 mil hectares na safra 2024/25, com crescimento concentrado em soja e milho

por Redação — Visno Invest
publicado em: 08/04/2025 18:11 — atualizado em: .
Companhia prevê cultivo de 731,6 mil hectares na safra 2024/25, com crescimento concentrado em soja e milho

A SLC Agrícola (SLCE3) divulgou nesta terça-feira, 8 de abril de 2025, suas projeções para a safra 2024/25, prevendo um crescimento de 10,6% na área plantada em comparação com o ciclo anterior. A companhia planeja cultivar 731,6 mil hectares distribuídos em 23 fazendas pelo Cerrado brasileiro, mantendo a estratégia de expansão anunciada anteriormente.

Segundo o documento divulgado aos investidores, o crescimento será impulsionado principalmente pelo aumento de 18% na área destinada à soja, que alcançará 377,5 mil hectares, e pelo incremento de 30,7% no cultivo de milho, que chegará a 124,4 mil hectares. A área de algodão, por outro lado, deve registrar redução de 5,1%, totalizando 179,1 mil hectares.

A expansão de área contempla a incorporação de três novas propriedades: Agro Penido (23.791 hectares), Agropecuária Rica (21.837 hectares) e um arrendamento no Piauí (14.572 hectares), totalizando aproximadamente 60,2 mil hectares agricultáveis adicionais. Esta movimentação complementa outras aquisições estratégicas recentes, como a compra total da SLC-MIT por R$103 milhões e o investimento de R$913 milhões em terras anunciado em março.

A companhia mantém sua estratégia de crescimento baseada no modelo "asset light", com 62% da área plantada na safra 2024/25 oriunda de arrendamentos e joint ventures. "Esta abordagem permite expansão com menor imobilização de capital", destaca a empresa na apresentação, seguindo a mesma linha que permitiu à SLC registrar lucro de R$481,7 milhões em 2024, conforme divulgado em seus últimos resultados financeiros.

O portfólio de produção da SLC Agrícola para a próxima safra está distribuído estrategicamente em sete estados brasileiros, sendo 43% da área no Mato Grosso, 20% no Maranhão, 19% na Bahia, 9% no Mato Grosso do Sul, 5% no Piauí e 4% em Goiás e Minas Gerais. Do total da área, 3,4% contará com irrigação.

Em relação ao mercado de commodities, a empresa apresenta uma visão cautelosa. Para a soja, observa um gap positivo de 11,6 milhões de toneladas entre produção e consumo global projetados para 2024/25. No caso do milho, a projeção aponta para um deficit de 19 milhões de toneladas. Para o algodão, prevê-se um superavit de 4,4 milhões de fardos.

A companhia também detalhou sua posição de hedge para a safra 2024/25, com 67,2% da produção de soja protegida a USD 11,51/bushel e 73,1% do câmbio travado a R$ 5,61/USD. Para o algodão, 49,1% da produção está protegida a US¢ 76,90/pound, enquanto para o milho o hedge é de apenas 11,8% da produção.

As perspectivas climáticas apresentadas no documento indicam forte probabilidade de ocorrência do fenômeno La Niña durante o ciclo 2024/25, o que pode impactar os regimes de chuvas em diferentes regiões produtoras. Estes dados complementam as informações que o CEO da empresa, Aurélio Pavinato, compartilhou recentemente sobre as estratégias e perspectivas da companhia.

SLCE3: cotação e indicadores
SLC Agrícola

Preço
R$ 20,83
Dividend Yield
3,98 %
P/L
18,02
P/VPA
2,30

Tags: SLC Agrícola | SLCE3