A Biomm (BIOM3) anunciou nesta quinta-feira, 10 de abril de 2025, a assinatura de um acordo exclusivo com a farmacêutica chinesa Qilu Pharmaceutical para a comercialização e distribuição do medicamento denosumabe no Brasil. A parceria representa um importante movimento estratégico da companhia em seu plano de expansão no mercado de biotecnologia, reforçando o momento de crescimento da empresa que vem se consolidando nos últimos períodos.

Segundo dados divulgados pela empresa, o denosumabe, que é um biossimilar, movimentou aproximadamente R$360 milhões no mercado brasileiro em 2024, conforme levantamento do IQVIA citado no comunicado. O medicamento já foi lançado na China em 2023 e agora chega ao portfólio da Biomm para distribuição no território nacional.

O medicamento está disponível em duas formulações distintas. A versão de 60mg é indicada para tratamento da osteoporose em mulheres na pós-menopausa e homens com risco aumentado de fraturas. Já a formulação de 120mg é voltada para a prevenção de complicações ósseas em adultos com mieloma múltiplo, metástase óssea de tumores sólidos e tumores de células gigantes.

A efetiva comercialização do produto pela Biomm ainda está condicionada a três fatores regulatórios: a expiração da patente do medicamento referência, a obtenção do registro junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e a aprovação de preço pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED).

A Qilu Pharmaceutical, parceira da Biomm neste acordo, é uma das cinco maiores empresas farmacêuticas da China, contando com 12 subsidiárias e 11 fábricas em seu país de origem. O desenvolvimento do biossimilar pela companhia chinesa reforça a estratégia da Biomm de buscar parcerias internacionais para ampliar seu portfólio.

Em comunicado oficial, a Biomm destacou que o acordo faz parte de sua estratégia de expansão do portfólio e reforça seu compromisso em melhorar o acesso a tratamentos biotecnológicos de alta qualidade para doenças graves no Brasil, contribuindo para a eficiência, sustentabilidade e qualidade do sistema de saúde nacional. Esta iniciativa se alinha com a recente renovação da diretoria executiva e os esforços da companhia para consolidar sua posição no mercado, que já resultaram em aumento de 21% na receita líquida anual registrada em 2024, mesmo enfrentando desafios de liquidez no mercado financeiro.