A Eneva (ENEV3) confirmou nesta segunda-feira, 12 de maio de 2025, a aquisição do Projeto Jandaia, um empreendimento termelétrico greenfield localizado no Ceará. O esclarecimento foi enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em resposta a questionamentos sobre notícia publicada pela mídia Neo Feed.

De acordo com o comunicado, a companhia assinou em 18 de abril de 2025 um Contrato de Compra e Venda de Ações com a Ceiba Energy para adquirir seis SPEs (Sociedades de Propósito Específico) detentoras do projeto, que possui licença prévia para construção de usinas termelétricas com capacidade total de até 2,4 GW, dos quais 1,7 GW já contam com licença de instalação. Este movimento está alinhado com a estratégia de expansão da empresa, que já possui um pipeline de projetos que pode adicionar 10,1 GW ao seu portfólio nos próximos anos.

O empreendimento, que será implantado na Zona de Processamento de Exportação do Ceará (ZPE), prevê também a construção de um terminal de gás natural liquefeito (GNL) no Porto de Pecém, conforme mencionado na notícia que originou o questionamento da CVM. Este desenvolvimento complementa os investimentos recentes da Eneva no setor de GNL, como a expansão da capacidade de sua planta de liquefação no Complexo Parnaíba.

A Eneva esclareceu que a operação não configura fato relevante, conforme definido pela Resolução CVM nº 44, por três razões principais: o negócio envolve apenas a aquisição de licenças e pré-contratos; o valor do investimento não é material para a companhia; e a transação faz parte do curso normal dos negócios da empresa.

"A conclusão da Operação não tem data prevista e depende do cumprimento de condições precedentes e aprovações regulatórias", informou a companhia no comunicado oficial, sem revelar os valores envolvidos na transação.

A Eneva, que atua na geração e comercialização de energia elétrica, reafirmou seu compromisso de fornecer informações relevantes aos acionistas e ao mercado conforme exigido pela regulamentação vigente. A empresa tem mantido intensa atividade operacional nos últimos meses, incluindo o início da operação comercial da UTE Parnaíba VI e a ampliação de suas capacidades de GNL.