Paranapanema (PMAM3) reduz prejuízo em 28% no 1T25
Empresa de cobre registra receita de R$ 134 milhões e melhora operacional com 75% de aumento no volume de vendas

A Paranapanema (PMAM3) divulgou nesta sexta-feira, 9 de maio de 2025, os resultados do primeiro trimestre de 2025, mostrando uma redução de 28% em seu prejuízo operacional em comparação com o mesmo período do ano anterior. A empresa reportou um EBITDA negativo de R$ 46 milhões, ante os R$ 65 milhões negativos registrados no 1T24.
A receita líquida consolidada atingiu R$ 134 milhões, representando um crescimento expressivo de 74% em relação aos R$ 77 milhões realizados no primeiro trimestre de 2024. Este desempenho foi impulsionado pelo aumento de 75% no volume de vendas de produtos de cobre, que totalizou 10.299 toneladas no período.
A melhora nos resultados é atribuída principalmente à melhor performance da unidade Eluma, que teve um crescimento de 9% no volume de vendas, e à retomada parcial das operações da unidade Caraíba. A companhia também conseguiu reduzir a relação de custos fixos sobre receita líquida de 100% para 70%.
Outro destaque positivo foi a geração de caixa operacional de R$ 24 milhões, sendo o terceiro trimestre consecutivo com resultado positivo nesse indicador. Segundo a empresa, este desempenho deve-se ao melhor mix de vendas, otimização de custos e negociações com fornecedores e compromissos tributários.
No âmbito da recuperação judicial, a Paranapanema informou que cumpriu com a obrigação de pagamento aos credores das classes I (trabalhistas) e IV (microempresas) em janeiro de 2025. Além disso, os credores aprovaram o 2º aditamento ao Plano de Recuperação Judicial em assembleia realizada em 17 de março.
O Conselho de Administração da companhia também homologou parcialmente um aumento de capital em março, mediante subscrição privada de ações, para capitalização de créditos detidos por determinados credores, conforme previsto no Plano de Recuperação Judicial. Este movimento faz parte da estratégia de reestruturação financeira que inclui a recente aprovação de aumento de capital de até R$ 1 bilhão e a abertura da 5ª janela para conversão de créditos em ações.
Em relação ao endividamento, a empresa mantém 91% de sua dívida com vencimento no curto prazo, com um montante reclassificado de R$ 1,85 bilhão. A Paranapanema segue em negociação com os credores buscando um waiver de covenants e um acordo de standstill enquanto discute novas condições para equacionar seu passivo.
Vale lembrar que a companhia passa por mudanças significativas em sua estrutura, tendo nomeado Vitor Saback como novo CEO no início de abril, além de contar com o investidor Luiz Barsi como acionista relevante com 5% de participação no capital social.
PMAM3: cotação e indicadoresParanapanema
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