Eneva apresenta capacidade de 7,2 GW e projeta expansão de 10 GW
Maior geradora térmica do Brasil divulga apresentação corporativa com foco em crescimento e diversificação de ativos até 2030

A Eneva (ENEV3) divulgou nesta segunda-feira, 28 de abril de 2025, sua apresentação corporativa destacando seu posicionamento como maior geradora térmica do Brasil, com 7,2 GW de capacidade instalada e um pipeline de projetos que pode adicionar mais 10,1 GW ao portfólio da companhia nos próximos anos.
O documento enfatiza o crescimento expressivo da empresa desde seu re-IPO em 2017, quando registrou aumento de 433% em valor de mercado, passando de R$ 4,4 bilhões para os atuais R$ 23,3 bilhões. No mesmo período, a capacidade contratada e construída cresceu 227%, enquanto as reservas de gás (2P) aumentaram 145%, atingindo 46 bcm.
A apresentação mostra que a companhia possui EBITDA ajustado de R$ 6,2 bilhões, com margem de 45,8%, representando um crescimento de 349% em relação a 2017. Vale lembrar que a empresa já havia registrado EBITDA Ajustado recorde no último trimestre de 2024, apesar de ter reportado prejuízo no período. No período entre 2017 e 2024, a Eneva investiu R$ 15,5 bilhões em projetos estratégicos, consolidando sua posição no setor energético brasileiro.
Um dos destaques do material é o modelo de negócios integrado, que abrange toda a cadeia de valor do setor energético, desde a exploração e produção de gás natural (upstream), passando por operações de midstream com capacidade de liquefação de 1,3 milhões de m³/dia e terminal de regaseificação de 21 milhões de m³/dia, até a geração de energia térmica e renovável. Recentemente, a empresa expandiu sua capacidade de GNL no Complexo Parnaíba com a aprovação do terceiro trem da planta de liquefação, elevando a capacidade total para 900 mil m³/dia.
A Eneva também destaca seu fluxo de caixa contratado e previsível, com receitas fixas projetadas que ultrapassam R$ 100 bilhões nos próximos 20 anos, com prazo médio de 11 anos em seus contratos de geração. A companhia aponta ainda para o potencial upside de despacho adicional de suas usinas térmicas, em função das condições hidrológicas e intermitência das fontes renováveis.
No documento, a empresa evidencia sua proposta de valor no contexto da transição energética brasileira, apontando como o sistema elétrico nacional enfrenta desafios de sazonalidade e intermitência, com capacidade hidrelétrica estagnada e crescente participação de fontes renováveis, gerando necessidade de capacidade térmica despachável para garantir a segurança energética.
Entre as avenidas de crescimento, a Eneva destaca oportunidades em novos leilões de capacidade, desenvolvimento de hubs de gás natural, expansão no mercado off-grid com soluções de GNL em pequena escala e o desenvolvimento de recursos na Bacia do Solimões, especificamente no campo de Juruá, com potencial de 24 bcm de recursos contingentes de gás. A empresa tem avançado nessa estratégia com projetos como a UTE Parnaíba VI, que iniciou operação comercial em março deste ano, adicionando 87 MW à capacidade da companhia.
Vale destacar que a apresentação corporativa ocorre após recentes mudanças na estrutura acionária da empresa, com a rescisão do acordo entre Dynamo, Atmos Capital e Velt Partners em março de 2025, que juntos detinham cerca de 15% do capital da companhia.
ENEV3: cotação e indicadoresEneva
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