Eneva (ENEV3) registra geração de 1.178 GWh no primeiro trimestre
Companhia amplia capacidade com início de operação da UTE Parnaíba VI e expansão da planta de liquefação

A Eneva (ENEV3) divulgou nesta quinta-feira, 17 de abril de 2025, seu release operacional referente ao primeiro trimestre de 2025. A companhia registrou geração de energia bruta de 1.178 GWh no período, sendo 841 GWh provenientes de seu parque térmico.
Um dos destaques do trimestre foi o início da operação comercial (COD) da UTE Parnaíba VI, que representa o fechamento de ciclo da UTE Parnaíba III, adicionando aproximadamente 90 MW ao portfólio de geração térmica da empresa. O projeto, cuja operação teve início em março, contribuirá com R$ 117 milhões anuais de Receita Fixa até dezembro de 2049.
O período também foi marcado pelo início da operação comercial do segundo trem da planta de liquefação no Parnaíba, elevando a capacidade nominal de liquefação da companhia para 600.000 m³/d, volume que já está 100% contratado. Além disso, a empresa anunciou a decisão final de investimento (FID) para construção do terceiro trem, projeto aprovado recentemente pelo Conselho, que expandirá a capacidade agregada total para 900.000 m³/d.
No segmento upstream, a Eneva produziu 0,20 bilhão de metros cúbicos (bcm) de gás natural no trimestre, sendo 0,15 bcm no Complexo Parnaíba e 0,06 bcm na Bacia do Amazonas. A companhia encerrou o período com reservas 2P (provadas e prováveis) de gás natural totalizando 45,8 bcm.
O despacho médio das usinas térmicas da companhia foi de 8% no primeiro trimestre, refletindo o cenário de mercado com reservatórios hídricos em níveis confortáveis, apesar dos cinco recordes consecutivos de carga instantânea registrados pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) no período.
No segmento solar, o Complexo Futura 1 apresentou disponibilidade média de 97,9%, demonstrando a estabilização operacional do parque. A geração líquida atingiu 334 GWh, com redução de 17,6% na comparação com o mesmo período do ano anterior, principalmente devido às restrições impostas pelo ONS que resultaram em 81,1 GWh de geração frustrada.
Outro ponto relevante foi a incorporação das UTEs Linhares, Povoação e Viana na Eneva S.A. em janeiro de 2025, movimento que, segundo a companhia, permitirá destravar sinergias financeiras. Esta movimentação ocorre pouco depois de mudanças na estrutura acionária da empresa, com a rescisão do acordo entre Dynamo, Atmos Capital e Velt Partners em março deste ano.
ENEV3: cotação e indicadoresEneva
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