A Arezzo (AZZA3) anunciou nesta quarta-feira, 7 de maio de 2025, que registrou lucro líquido de R$ 117,7 milhões no primeiro trimestre deste ano, resultado 15,6% superior ao mesmo período de 2024. Excluindo os efeitos da Lei 14.789/23, o lucro teria sido de R$ 181,6 milhões, um aumento de 20,3%.

A receita bruta consolidada atingiu R$ 3,3 bilhões, representando crescimento de 16,1% em relação ao primeiro trimestre do ano passado, considerando apenas as marcas continuadas. A receita líquida totalizou R$ 2,69 bilhões, avanço de 13,9% na comparação anual.

O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) alcançou R$ 427,7 milhões, crescimento de 23,3% em relação ao 1T24. A margem EBITDA foi de 15,9%, apresentando expansão de 120 pontos base na comparação anual.

Entre as unidades de negócio, o destaque foi o Vestuário Feminino, que registrou crescimento de 27,1%, impulsionado principalmente pelo canal multimarcas, que avançou 56,8%. A marca Farm, no Brasil, foi a principal responsável por esse desempenho.

O Vestuário Democrático, que inclui a marca Hering, apresentou crescimento de 19,4%, com forte desempenho no e-commerce, que cresceu 41,4% e já representa 17,2% da receita dessa unidade. A divisão de Calçados e Acessórios avançou 4,8%, com destaque para o canal internacional, que cresceu 29,3%.

Nas vendas por canal, as lojas próprias cresceram 20,9%, atingindo R$ 998,5 milhões no trimestre. O e-commerce registrou aumento de 11,6%, somando R$ 611,7 milhões, enquanto o canal multimarcas avançou 20,4%, para R$ 804,6 milhões.

A operação internacional continuou sua trajetória de expansão, com crescimento de 20,4% nas receitas, totalizando R$ 348,3 milhões no trimestre. A base ativa de clientes atingiu 13,4 milhões, crescimento de 5,3% em relação ao mesmo período de 2024.

A empresa também destacou a evolução do seu projeto de simplificação de portfólio, com a descontinuação das marcas Alme, Dzarm, Reversa, Simples e TROC, além da revenda da marca Baw aos seus fundadores, concluída em dezembro de 2024.

Os bons resultados apresentados pela Arezzo vêm após a companhia ter anunciado um programa de recompra de ações de até R$ 400 milhões no início do mês, refletindo a confiança da administração no potencial de valorização dos papéis. A empresa também tem atraído atenção de investidores institucionais, como demonstra a recente aquisição de participação pela Fidelity, que se tornou acionista relevante com 5,142% das ações.

O desempenho positivo também pode estar associado às estratégias de gestão de capital implementadas pela varejista nos últimos meses, incluindo a captação de R$ 600 milhões em debêntures realizada em março e a aprovação de um novo plano de incentivos baseados em ações, visando alinhar os interesses dos executivos com a geração de valor para acionistas.