A Arezzo (AZZA3) comunicou nesta segunda-feira, 5 de maio de 2025, a renúncia de Guilherme Dias Fernandes Benchimol ao cargo de membro efetivo do Conselho de Administração da companhia. A saída tem efeito imediato e, segundo o comunicado, ocorreu devido a outros compromissos profissionais que têm demandado crescente disponibilidade de tempo do executivo.

Na mesma reunião, o Conselho de Administração aprovou a eleição de André Alicke De Vivo como novo membro do colegiado. O executivo terá mandato até a próxima assembleia geral da companhia. Além dessa posição, De Vivo também foi eleito membro e Coordenador do Comitê de Auditoria Estatutário.

A empresa manifestou agradecimento a Benchimol pela "dedicação e significativa contribuição à companhia durante o período em que exerceu suas funções" no Conselho de Administração. O documento não especifica quais seriam os novos compromissos profissionais do executivo que motivaram sua saída.

Essa mudança na governança corporativa da Arezzo ocorre em um momento estratégico para a varejista de calçados e acessórios, que vem ampliando sua participação no mercado nacional através de aquisições e expansão de portfólio nos últimos anos. A alteração também acontece pouco depois dos diálogos sobre melhorias na estrutura de governança corporativa que vinham sendo mantidos entre os acionistas de referência da companhia, Alexandre Café Birman e Roberto Luiz Jatahy Gonçalves.

O novo conselheiro André De Vivo chega com o desafio de fortalecer a governança corporativa da Arezzo, especialmente nas funções de auditoria e compliance, áreas que ganharam ainda mais relevância no atual cenário econômico brasileiro. Sua nomeação para coordenar o Comitê de Auditoria ocorre em período de importantes movimentações financeiras da empresa, que recentemente aprovou um programa de recompra de ações com investimento máximo de R$ 400 milhões e, em março deste ano, captou R$ 600 milhões em debêntures.

Vale destacar que a companhia também passou por outras mudanças significativas em sua estrutura acionária nos últimos meses, com a entrada da Fidelity como acionista relevante detendo 5,142% das ações e a redução da participação da BlackRock para 4,993% do capital total.