A Arezzo (AZZA3) anunciou nesta segunda-feira, 5 de maio de 2025, a aprovação de um programa de recompra de ações ordinárias de sua própria emissão. O plano foi aprovado em reunião do Conselho de Administração da companhia e prevê a aquisição de até 10% das ações em circulação no mercado.

De acordo com o fato relevante divulgado pela empresa, o programa permite a compra de até 12.423.969 ações, com investimento máximo de R$ 400 milhões. As ações adquiridas poderão ser mantidas em tesouraria, posteriormente canceladas ou alienadas.

O objetivo do programa, segundo a companhia, é "incrementar a geração de valor para os acionistas em razão do desconto atual das ações no mercado". A decisão ocorre em um contexto de movimentações significativas no capital da empresa, como a recente entrada da Fidelity como acionista relevante com 5,142% das ações ordinárias e a redução da participação da BlackRock para 4,993% em abril. A Arezzo informou que, atualmente, possui 136.663.659 ações em circulação e 20.781 ações em tesouraria.

Prazo e condições

O programa de recompra terá prazo de vigência de 18 meses, contados a partir da data de aprovação, com encerramento previsto para 9 de novembro de 2026. As operações serão realizadas na B3, a preços de mercado.

A empresa destacou que as aquisições serão suportadas pelo montante global das reservas de lucro e de capital disponíveis e pelo resultado realizado do exercício em curso, observadas as exclusões previstas na regulamentação aplicável.

Para intermediar as negociações, a Arezzo contratou a Itaú Corretora de Valores S.A. e a BTG Pactual Corretora de Títulos e Valores Mobiliários S.A. As ações adquiridas e mantidas em tesouraria não terão direitos patrimoniais ou políticos enquanto permanecerem com esse status.

A Diretoria da companhia ficará responsável por decidir o momento e a quantidade de ações a serem adquiridas, respeitando os limites e regras estabelecidos pela regulamentação vigente, incluindo a Resolução CVM n.º 77, de 29 de março de 2022.

Esta iniciativa de recompra surge pouco mais de um mês após a empresa captar R$ 600 milhões em debêntures, operação que fortaleceu sua estrutura de capital, e também após a companhia aprovar um novo Plano de Incentivos Baseados em Ações em março, demonstrando esforços contínuos para alinhar os interesses dos executivos com a geração de valor para acionistas.