A Lojas Quero-Quero (LJQQ3) divulgou na quarta-feira, 7 de maio de 2025, seus resultados financeiros referentes ao primeiro trimestre de 2025. A varejista de materiais de construção registrou prejuízo líquido de R$ 31,1 milhões no período, revertendo o lucro de R$ 53,9 milhões obtido no mesmo intervalo de 2024.

Apesar do resultado negativo, a Receita Bruta, Líquida de Devolução e Abatimentos (RBLD) totalizou R$ 764,8 milhões, representando um crescimento de 14,4% na comparação anual. O segmento de varejo, que corresponde a 69,6% das receitas totais, avançou 15,7%, enquanto o indicador de Vendas Mesmas Lojas (SSS) apresentou alta de 12,5%.

O Lucro Bruto somou R$ 222 milhões no trimestre, crescimento de 7,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. A margem bruta, no entanto, recuou 1,8 ponto percentual, atingindo 29% da receita bruta.

O EBITDA Ajustado, que exclui despesas do Plano de Opção de Compra de Ações, efeitos da contabilização do IFRS-16 e itens não recorrentes, cresceu 19,8%, totalizando R$ 13,1 milhões. Já o EBITDA padrão atingiu R$ 42,8 milhões, queda de 56,6% em relação ao mesmo trimestre de 2024.

No primeiro trimestre, a companhia inaugurou 8 novas lojas, com foco especial no estado do Paraná, região que apresenta maior potencial de expansão para a rede. A empresa encerrou março com 576 unidades, crescimento de 4,3% na comparação anual.

No segmento de Serviços Financeiros, a receita totalizou R$ 207,3 milhões, alta de 11,2%. A carteira líquida com juros do cartão VerdeCard atingiu R$ 949 milhões, crescimento de 8,2% em relação ao 1T24. O índice de inadimplência acima de 90 dias ficou em 10,8%, redução de 1,1 ponto percentual na comparação anual.

"Acreditamos que essa trajetória de recuperação gradual do segmento de varejo no qual estamos inseridos seja uma constante ao longo deste ano, em que vemos o mercado ligeiramente mais aquecido, após dois anos de forte retração", afirmou a administração da companhia no relatório.

Durante o trimestre, a Quero-Quero efetuou o pagamento de R$ 23,8 milhões em Juros sobre Capital Próprio (JCP) e concluiu um aumento de capital privado no mesmo valor, que foi integralmente subscrito pelos acionistas.

A dívida líquida ajustada da empresa em 31 de março de 2025 era de R$ 332,5 milhões, e a alavancagem financeira, medida pela relação dívida líquida/EBITDA, ficou em 1,8 vez.