Petrobras investe US$ 16,3 bilhões em descarbonização até 2029
Empresa reafirma meta de neutralidade de carbono até 2050 e redução de 30% nas emissões operacionais até 2030

A Petrobras (PETR3, PETR4) divulgou nesta sexta-feira, 23 de maio de 2025, seu novo Caderno de Mudança do Clima, detalhando investimentos de US$ 16,3 bilhões para descarbonização de suas operações e diversificação em negócios de baixo carbono até 2029.
Do montante total, US$ 5,3 bilhões serão destinados a investimentos em mitigação de emissões operacionais (escopos 1 e 2), incluindo US$ 4 bilhões para projetos nos segmentos de Exploração e Produção, Refino e Energia, além de US$ 1,3 bilhão para um Fundo de Descarbonização específico.
A petroleira também planeja investir US$ 5,7 bilhões em energias de baixo carbono, sendo US$ 4,3 bilhões para projetos eólicos onshore e solares fotovoltaicos, US$ 500 milhões para hidrogênio e US$ 900 milhões para captura de carbono (CCUS), eólica offshore e venture capital.
Adicionalmente, a companhia destinará US$ 4,3 bilhões para bioprodutos, incluindo US$ 2,2 bilhões para etanol, US$ 1,5 bilhão para biorrefino e US$ 600 milhões para biodiesel e biometano. O plano também contempla US$ 1 bilhão para pesquisa e desenvolvimento em tecnologias de baixo carbono.
Metas ambiciosas de redução
A Petrobras reafirmou sua ambição de neutralizar as emissões operacionais (escopos 1 e 2) até 2050 e de atingir crescimento líquido zero em suas emissões operacionais até 2030, o que representará redução de 40% comparado aos níveis de 2015.
Entre os compromissos para 2030, a empresa estabeleceu meta de redução de 30% nas emissões absolutas operacionais em comparação com 2015, zerando a queima de rotina em flare e mantendo a intensidade de emissões no segmento de exploração e produção em 15 kgCO₂e/boe.
No documento, a Petrobras destaca que seus campos do Pré-Sal estão entre os menos intensos em carbono do mundo, com intensidade de 10 kgCO₂e/boe, posicionando a empresa como um produtor de petróleo de baixo carbono comparativamente ao mercado global.
Transição energética com foco no Brasil
A estatal enfatiza que sua estratégia leva em consideração o contexto energético brasileiro, onde o setor de energia representa apenas 21% das emissões nacionais de gases de efeito estufa, enquanto a média global é de 68%.
Segundo o documento, a matriz energética brasileira já conta com 49,1% de participação de fontes renováveis, valor significativamente superior à média mundial de 14,7% e comparável às projeções de longo prazo para cenários globais de transição energética.
A petroleira reforça sua estratégia de dupla resiliência (econômica e ambiental), mantendo o foco na produção de óleo e gás de baixa intensidade de carbono, enquanto diversifica seu portfólio em soluções energéticas de baixo carbono, alinhada ao Plano de Negócios 2025-2029 que prevê investimentos totais de US$ 111 bilhões nos próximos cinco anos.
PETR4: cotação e indicadoresPetrobras
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