A Companhia Brasileira de Alumínio - CBA (CBAV3) anunciou nesta sexta-feira (23) a assinatura de acordos vinculantes para aquisição de participações em ativos de autoprodução de energia eólica. O investimento total é de R$158 milhões e contempla ativos que fazem parte do Complexo Serra do Tigre e do Parque Eólico Cajuína III.

Segundo o comunicado, o acordo com a Casa dos Ventos (Complexo Serra do Tigre) prevê o fornecimento de 60 MWm, enquanto o contrato com a Auren Energia (Cajuína III) estabelece o fornecimento de 55 MWm. Os contratos têm vigência de 15 anos, com início do suprimento previsto para 2027, destinados à fábrica da companhia em Alumínio (SP).

Os complexos eólicos ficam localizados no Rio Grande do Norte (RN), sendo que a gestão da operação e manutenção dos ativos permanecerá sob responsabilidade das empresas geradoras. A conclusão das transações está condicionada à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) e demais condições precedentes.

Estratégia de diversificação energética

Com estas aquisições, a CBA reforça sua estratégia de diversificação da matriz energética, ampliando a capacidade de geração de energia renovável e competitiva. A iniciativa visa garantir condições para o crescimento de longo prazo da companhia e o desenvolvimento das comunidades onde atua.

O movimento da CBA se alinha às tendências do setor de alumínio, que busca cada vez mais fontes de energia limpa para reduzir a pegada de carbono em suas operações, considerando que a produção de alumínio é intensiva em consumo energético. Esta preocupação com fontes energéticas alternativas ganha relevância especialmente diante da previsão de menor afluência hídrica para o período, fator que poderia pressionar os custos operacionais da empresa.

A decisão também reforça o compromisso da empresa com práticas ESG, que recentemente garantiu à companhia sua inclusão pelo terceiro ano consecutivo no Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3. Este investimento estratégico ocorre em um momento positivo para a empresa, que reverteu prejuízos anteriores e apresentou resultados financeiros robustos no primeiro trimestre de 2025.

A empresa informou que manterá seus acionistas e o mercado informados sobre os desdobramentos relacionados às transações, conforme exigências regulatórias.