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CBA divulga panorama positivo do mercado de alumínio no 1T25

Preço do alumínio registra maior média trimestral desde 2022, enquanto demanda chinesa atinge recorde histórico para o período

por Redação — Visno Invest
publicado em: 06/05/2025 08:27 — atualizado em: .
Preço do alumínio registra maior média trimestral desde 2022, enquanto demanda chinesa atinge recorde histórico para o período

A Companhia Brasileira de Alumínio - CBA (CBAV3) divulgou nesta terça-feira, 6 de maio de 2025, seu relatório "Panorama do Mercado de Alumínio" referente ao primeiro trimestre de 2025, destacando um cenário positivo para o setor, apesar das tensões comerciais entre Estados Unidos e China.

Segundo o documento, o preço do alumínio na London Metal Exchange (LME) atingiu média de US$ 2.627 por tonelada no período, representando o maior valor trimestral desde o segundo trimestre de 2022. O metal manteve-se no patamar de US$ 2.500-2.700 por tonelada durante todo o trimestre, embora tenha apresentado queda no final de março devido ao anúncio de novas tarifas entre EUA e China.

Após três trimestres consecutivos em déficit, o balanço global de alumínio voltou ao patamar superavitário no 1T25. As atividades foram impactadas sazonalmente pelo Ano Novo Chinês, mas o superávit registrado foi menor que o observado no mesmo período do ano anterior.

A demanda chinesa atingiu níveis recordes para um primeiro trimestre, impulsionada principalmente pelos investimentos em energia renovável, especialmente painéis solares, que compensaram a fragilidade persistente no setor imobiliário do país. O PMI de manufatura na China manteve-se em território de expansão econômica em cinco dos últimos seis meses.

No Brasil, a CBA reportou um ambiente favorável, com a produção automotiva crescendo 8% no 1T25, enquanto o setor de cimento apresentou alta de 6% no consumo, demonstrando resiliência da construção civil. A produção de carrocerias de ônibus também mostrou recuperação, registrando o melhor primeiro trimestre desde 2023.

"A demanda total por alumínio deve crescer em todas as regiões do mundo em 2025, resultando em uma alta de 3,4% na comparação anual — o maior avanço desde 2021, pós pandemia", informou a companhia no relatório.

A queda nos preços de alumina, decorrente da normalização da oferta e da desaceleração temporária da demanda, favoreceu as margens operacionais globais no primeiro trimestre. A CBA destacou que permanece entre as operações mais competitivas do mundo, posicionada no primeiro quartil da curva de custos global da indústria, um desempenho que se alinha ao seu compromisso com práticas ESG que a empresa vem reforçando nos últimos anos.

Os estoques oficiais seguiram tendência de queda no período, com os armazéns da LME atingindo o menor volume desde o quarto trimestre de 2022. O estoque em dias de consumo teve aumento sazonal, mas encerrou em patamar mais baixo que o registrado nos últimos dois anos.

A companhia alertou, entretanto, para possíveis impactos derivados da escalada das tensões comerciais entre EUA e China, que podem gerar volatilidade nos preços e redirecionamento de fluxos comerciais nos próximos meses, além da previsão de menor afluência hídrica em 2025, o que pode gerar aumento nos custos de energia para a produção de alumínio. Essa cautela da empresa vem após um período de oscilações em suas ações no início de abril, e logo depois de ter implementado medidas de saneamento financeiro para absorção de prejuízos do exercício anterior.

CBAV3: cotação e indicadores
Companhia Brasileira de Alumínio - CBA

Preço
R$ 3,91
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0,00 %
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-14,09
P/VPA
0,67

Tags: Companhia Brasileira de Alumínio - CBA | CBAV3