A Irani Papel e Embalagem (RANI3) divulgou nesta quarta-feira, 30 de abril de 2025, seus resultados financeiros do primeiro trimestre de 2025. A companhia registrou lucro líquido de R$ 60,8 milhões, representando um aumento de 36,8% em comparação ao mesmo período do ano anterior.

A receita líquida totalizou R$ 423,1 milhões no trimestre, crescimento de 16,7% em relação ao 1T24 e de 3,7% comparado ao trimestre anterior. O desempenho positivo foi impulsionado pelo aumento no volume de vendas e melhores preços nos segmentos de Papéis para Embalagens Sustentáveis e Embalagens Sustentáveis (Papelão Ondulado).

O EBITDA Ajustado da operação continuada alcançou R$ 136,3 milhões, com margem de 32,2%, representando um crescimento de 13,7% comparado ao 1T24. A relação dívida líquida/EBITDA foi de 2,21 vezes, em linha com os parâmetros estabelecidos na Política de Gestão Financeira da companhia, que estabelece meta de até 2,5x.

Durante o trimestre, a Irani encerrou as atividades da fábrica de destilação de goma resina em Balneário Pinhal/RS, descontinuando esse negócio. De acordo com a empresa, o movimento reforça seu posicionamento como o único player focado em embalagens sustentáveis na B3 e reflete seu compromisso com a otimização de operações.

No segmento de Embalagens Sustentáveis, o volume de vendas totalizou 43,6 mil toneladas, aumento de 5,1% na comparação anual, embora tenha registrado redução de 2,3% em relação ao 4T24 devido ao efeito sazonal do início do ano. A participação de mercado da empresa atingiu 4,3% no trimestre, superando os 4,1% do 1T24.

Já no segmento de Papel para Embalagens Sustentáveis, o volume de vendas alcançou 32,9 mil toneladas, aumento de 8,3% em relação ao 1T24 e de 12,4% comparado ao 4T24, refletindo um mercado mais aquecido e as novas capacidades resultantes dos investimentos de expansão.

A companhia adquiriu uma área plantada de floresta de pinus de 1.498,94 hectares, com idade média de 13 anos, pelo valor de R$ 38 milhões. Segundo a Irani, a aquisição fortalece o suprimento de madeira para produção de celulose a custos competitivos, dando continuidade à estratégia de expansão florestal da empresa.

No trimestre, a empresa também realizou compensações de R$ 34,2 milhões referentes a créditos tributários, beneficiando o fluxo de caixa livre. A posição de caixa em 31 de março era de R$ 667,1 milhões, com 92% da dívida bruta classificada no longo prazo e 99% denominada em moeda local.

A divulgação destes resultados estava prevista na agenda financeira da companhia e marca o primeiro trimestre após importantes mudanças estratégicas implementadas recentemente.