A Irani Papel e Embalagem (RANI3) divulgou nesta quarta-feira, 30 de abril de 2025, sua tese de investimento, destacando-se como o único "pure player" brasileiro no segmento de embalagens sustentáveis listado no Novo Mercado da B3.

A companhia reportou Receita Líquida de R$ 1,6 bilhão nos últimos 12 meses até o primeiro trimestre de 2025, com uma produção de 317 mil toneladas de papel para embalagens sustentáveis no mesmo período. O volume médio de negociação diária das ações atingiu R$ 10 milhões desde o Re-IPO da empresa.

De acordo com o documento, o mercado brasileiro de embalagens totalizou R$ 165,9 bilhões em 2024, sendo R$ 42,8 bilhões nos segmentos de atuação da Irani. A empresa possui mais de 90 mil acionistas e conta com oito décadas de experiência no setor.

Diferenciais competitivos

Entre os principais diferenciais, a Irani destaca seu modelo de negócio baseado em economia circular, com 71,6% da matéria-prima composta por fibras recicladas (aparas). A empresa possui produção própria de energia renovável e uma base florestal de 33.822 hectares, distribuídos entre Santa Catarina (27.894 ha) e Rio Grande do Sul (5.928 ha).

A companhia ressalta ainda sua independência dos ciclos de preços de commodities, já que não comercializa celulose, focando exclusivamente no mercado de embalagens sustentáveis, que apresenta maior resiliência durante períodos de turbulência econômica.

Performance financeira e retorno aos acionistas

O documento evidencia um Retorno sobre o Capital Investido (ROIC) de 11,3%, superando em 3,9 pontos percentuais o custo de capital de 7,4%. A relação Dívida Líquida/EBITDA Ajustado está em 2,21x, com 99% da dívida denominada em moeda local.

Desde o Re-IPO, a Irani entregou um retorno total ao acionista (TSR) de 112,7%, significativamente superior ao Ibovespa (+27,2%) e ao índice Small Caps (-21,2%) no mesmo período. A empresa está em seu terceiro programa de recompra de ações, tendo já recomprado 8,9% do total de ações em circulação.

A Irani também destaca sua estratégia de investimentos através da Plataforma Gaia, com aportes de R$ 1,2 bilhão que estão proporcionando melhorias no mix de produção e ganhos de eficiência operacional, além da expectativa de autossuficiência energética após a conclusão desses projetos.

Como tendências favoráveis ao seu negócio, a empresa aponta o crescimento do e-commerce brasileiro, previsto para expandir a um CAGR de 7,5% entre 2024 e 2026, além da crescente substituição de plásticos por embalagens de papel, impulsionada por demandas de sustentabilidade.