A CPFL Energia (CPFE3) anunciou na terça-feira, 29 de abril de 2025, a aprovação da cisão parcial de sua subsidiária integral CPFL Geração de Energia S.A. A operação foi confirmada durante Assembleia Geral Extraordinária de ambas as companhias, no mesmo dia em que a empresa também aprovou dividendos de mais de R$ 3,2 bilhões.

Com a reorganização societária, a CPFL Energia absorverá 1,8498% da participação acionária detida pela CPFL Geração na CPFL Energias Renováveis S.A., correspondente a 10.983.911 ações ordinárias. A mudança resultará na transferência do controle direto da CPFL Renováveis para a holding.

De acordo com o fato relevante divulgado, a transação não causará qualquer descontinuidade nas atividades ou unidades de negócio da CPFL Geração. A empresa também destacou que a operação não terá impacto patrimonial, uma vez que o valor do acervo cindido já está integralmente refletido em seu patrimônio líquido.

A reorganização tem como principal objetivo simplificar a estrutura societária e operacional do grupo, reduzindo os níveis de consolidação e os custos relacionados, alinhando-se aos interesses dos acionistas. Este movimento está em conformidade com as diretrizes de governança corporativa da companhia, atualizadas recentemente. As administrações das companhias ressaltaram que a operação não expõe ou aumenta eventual exposição de risco.

Por se tratar de uma subsidiária integral, não haverá relação de substituição a ser negociada entre as partes ou aumento de capital decorrente da cisão parcial. A companhia informou que já obteve aprovação prévia da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) para a reestruturação, concedida em janeiro deste ano, reforçando seu bom relacionamento com o órgão regulador, que também analisa o pedido de renovação de três concessões solicitado pela empresa.

A CPFL Energia é uma das maiores empresas do setor elétrico brasileiro, com atuação nos segmentos de distribuição, geração, comercialização e serviços. A reestruturação representa mais um passo na otimização do modelo de gestão do grupo, seguindo estratégia semelhante à adotada quando vendeu sua participação na EPASA para ajustar seu portfólio de geração.