A Energisa (ENGI3, ENGI4, ENGI11) informou nesta quinta-feira, 17 de abril de 2025, que sua controlada indireta, Companhia de Gás do Espírito Santo (ES Gás), protocolou junto à Agência de Regulação de Serviços Públicos do Espírito Santo (ARSP) a proposta de Plano de Negócios para o segundo ciclo tarifário regulatório da empresa.

De acordo com o comunicado, o plano prevê investimentos de até R$ 1 bilhão para o período entre 2025 e 2030, com foco na expansão do gás natural na matriz energética capixaba e no cumprimento de metas de desempenho técnico e universalização do serviço público. Este movimento ocorre em um momento em que o grupo tem registrado crescimento no consumo de energia em suas áreas de concessão.

Este será o primeiro ciclo tarifário após a privatização da ES Gás e consequente assunção do controle indireto pela Energisa, ocorrida em 3 de julho de 2023. O novo ciclo terá início em 1º de agosto de 2025 e término em 31 de julho de 2030. A companhia vem demonstrando experiência na gestão de ciclos tarifários, tendo recentemente obtido aprovação para reajuste tarifário na Energisa Sergipe e na Energisa Mato Grosso.

As diretrizes de investimento estão estruturadas em quatro pilares estratégicos: descarbonização, segurança energética, competitividade e desenvolvimento. A companhia ressalta que o plano está em conformidade com a estratégia de investimentos do Grupo Energisa, que registrou lucro recorde de R$ 3,8 bilhões em 2024.

A empresa destacou que as informações constantes na proposta não representam garantia de realização dos investimentos, estando sujeitas a diversos fatores, incluindo condições de mercado, aprovação regulatória pela ARSP e determinação de valores e prazos de execução.

O documento também foi apresentado aos representantes da Federação das Indústrias do Espírito Santo (FINDES) e do Governo do Estado. A expectativa é que a Consulta Pública seja aberta em 21 de maio de 2025, quando as informações estarão disponíveis na página da ARSP.

Segundo a Energisa, o Plano de Negócios proposto demonstra o compromisso do grupo com o desenvolvimento do setor de gás e do estado do Espírito Santo, além de reforçar a estratégia de diversificação do conglomerado. Essa estratégia tem sido monitorada pelo mercado, o que por vezes gera oscilações atípicas nos papéis da companhia.