A Pague Menos (PGMN3) anunciou nesta segunda-feira, 5 de maio de 2025, a reversão do prejuízo registrado no primeiro trimestre do ano anterior, alcançando lucro líquido ajustado de R$ 13,1 milhões no 1T25. A companhia obteve crescimento expressivo de 55,2% no EBITDA ajustado, que totalizou R$ 150,3 milhões no período, com expansão de 1 ponto percentual na margem EBITDA, que atingiu 4,1%. Esse resultado continua a tendência positiva após a empresa registrar forte crescimento de 972,3% no lucro em 2024.

A receita bruta da varejista farmacêutica alcançou R$ 3,62 bilhões no trimestre, representando aumento de 17,1% em comparação ao mesmo período de 2024. O crescimento em lojas comparáveis (mesmas lojas) foi de 17%, aproximadamente quatro vezes a inflação do período, evidenciando ganhos significativos de produtividade no portfólio de estabelecimentos.

"Iniciamos o ano de 2025 colhendo frutos das iniciativas implementadas ao longo de 2024, em especial àquelas relacionadas às 'missões operacionais', que concentraram esforços nas áreas de atendimento, manutenção, precificação, processos, suporte às lojas e estabilidade de TI", informou a empresa no documento de resultados.

Os canais digitais apresentaram desempenho notável, com crescimento de 53,6% no período, respondendo por 17,6% das vendas totais, incremento de 4,2 pontos percentuais em relação ao primeiro trimestre de 2024. Segundo a companhia, este foi o maior ritmo de crescimento digital desde o primeiro trimestre de 2023, mantendo a expansão deste segmento que já representava 16% do faturamento total em dados recentes.

A rede também reportou expansão de sua participação de mercado, alcançando 6,5% de share nacional, aumento de 41 pontos base em comparação ao ano anterior. O bom desempenho ocorreu em todas as regiões do país, com destaque para o Sul, onde as vendas de lojas maduras expandiram 25,3%.

No aspecto financeiro, a Pague Menos reduziu seu ciclo de caixa para 50 dias (queda de 10 dias em relação ao 1T24), principalmente pela diminuição do prazo médio de estoques. O fluxo de caixa operacional acumulado nos últimos 12 meses somou R$ 678,8 milhões, equivalente a cerca de um terço do atual valor de mercado da empresa.

O endividamento da companhia continuou em trajetória de queda, com relação de 1,9x entre dívida líquida e EBITDA, redução de 0,7x na comparação com o primeiro trimestre de 2024. Nos últimos doze meses, o lucro líquido ajustado totalizou R$ 188,2 milhões, representando crescimento de cinco vezes em relação ao mesmo período do ano anterior. Essa melhora na estrutura financeira complementa os esforços recentes da empresa, que incluíram a homologação de um aumento de capital de R$ 124,1 milhões no final de março.

A rede encerrou o trimestre com 1.656 pontos de venda em 400 municípios brasileiros, tendo aberto 7 novas lojas no período, concentradas principalmente em estados do Nordeste, região onde a empresa mantém posição de liderança com market share de 21%.