A Taesa (TAEE3, TAEE4, TAEE11) divulgou nesta quarta-feira, 7 de maio de 2025, seus resultados financeiros referentes ao primeiro trimestre do ano, reportando um lucro líquido de R$ 188,3 milhões, praticamente estável (-0,7%) em comparação ao mesmo período de 2024.

A receita líquida regulatória da companhia alcançou R$ 597,9 milhões no período, representando um crescimento de 3,8% em relação ao primeiro trimestre do ano anterior. O resultado foi impulsionado principalmente pela redução da parcela variável e pelo reajuste positivo do IPCA no ciclo RAP 2024-2025 para concessões de categoria 3.

O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) regulatório atingiu R$ 509,6 milhões, um avanço de 6,9% na comparação anual, com margem EBITDA de 85,2%, representando uma expansão de 2,4 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano anterior.

Um dos destaques operacionais do trimestre foi a significativa redução de 10,8% nas despesas operacionais (OPEX), que totalizaram R$ 88,3 milhões. Segundo a companhia, a melhora foi motivada pela eficiência de custos principalmente nas linhas de Pessoal e Serviços de Terceiros, além de eventos não recorrentes registrados no 1T24.

O resultado de equivalência patrimonial apresentou queda de 9,3%, totalizando R$ 98,5 milhões, explicada principalmente por evento não recorrente na ETAU ocorrido no primeiro trimestre de 2024 e pelo efeito macroeconômico negativo nas receitas das concessões de categoria 2 (IGP-M).

No âmbito dos investimentos, a Taesa reportou um CAPEX de R$, 267,9 milhões no trimestre, montante 247% superior ao registrado no mesmo período de 2024. A companhia destacou a entrada em operação parcial de Pitiguari com 26 meses de antecipação e a energização antecipada dos dois reforços de Novatrans, com uma Receita Anual Permitida (RAP) autorizada total de R$ 38,9 milhões. Esta estratégia de antecipação de projetos já havia sido destacada nos resultados anuais de 2024.

A transmissora também realizou sua 17ª emissão de debêntures verdes incentivadas no total de R$ 650 milhões e anunciou distribuição de proventos no valor de R$ 188,3 milhões. Esta distribuição segue a linha da recente aprovação dos dividendos referentes ao exercício de 2024, quando a companhia destinou R$ 900,14 milhões para remuneração aos acionistas. A dívida líquida da companhia fechou o trimestre em R$ 11,54 bilhões, com relação dívida líquida/EBITDA de 4,1 vezes.

A Taesa mantém atualmente 44 concessões/participações de transmissão, com cinco empreendimentos de grande porte em construção (Ananaí, Pitiguari, Tangará, Saíra e Juruá) e cinco reforços de maior porte em quatro concessões existentes. Vale ressaltar que a companhia também obteve recentemente prorrogação dos contratos das concessões Aimorés e Paraguaçu, após reconhecimento dos impactos da pandemia nos cronogramas de obras.