A Casas Bahia (BHIA3) comunicou ao mercado nesta terça-feira, 1 de abril de 2025, que Michael Klein atingiu participação equivalente a 10,42% do capital social da companhia. A informação foi divulgada em comunicado oficial enviado pela empresa à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Segundo o documento, o empresário adquiriu 10.107.082 ações ordinárias da varejista, tornando-se um dos principais acionistas individuais da companhia. Klein informou que a aquisição não tem como finalidade alterar a composição do controle da Casas Bahia.

O comunicado revela que o objetivo do investimento é viabilizar o envolvimento de Michael Klein na gestão da empresa, especialmente por meio da eleição de candidatos por ele indicados para o Conselho de Administração, incluindo a possibilidade de ele próprio ocupar uma cadeira no órgão. Esta movimentação ocorre poucos dias após Klein solicitar uma AGE quando possuía 9,49% da empresa, já demonstrando interesse em integrar o Conselho.

Na correspondência enviada à companhia, o empresário declarou que não detém outras ações ou valores mobiliários da Casas Bahia além das mencionadas no comunicado, incluindo instrumentos derivativos. Klein também informou que não é parte de qualquer acordo ou contrato que regule o exercício do direito de voto ou a compra e venda de valores mobiliários da empresa.

O comunicado foi assinado por Elcio Mitsuhiro Ito, Vice-Presidente Financeiro e Diretor de Relações com Investidores da Casas Bahia, cumprindo o disposto no artigo 12 da Resolução CVM 44/2021, que determina a divulgação de aquisições de participações acionárias relevantes.

Michael Klein possui histórica relação com o varejo brasileiro, tendo sido um dos principais acionistas das Casas Bahia antes da fusão que originou a atual estrutura societária da companhia. O retorno do empresário como acionista relevante ocorre em um momento estratégico para o setor varejista nacional, quando a empresa demonstra sinais de recuperação após reduzir seu prejuízo em 60% em 2024 e atrair outros investidores relevantes como a BlackRock com 4,34% em derivativos e o investidor Rafael Ferri com 5,11% do capital social.