A Casas Bahia (BHIA3) informou ao mercado nesta segunda-feira, 31 de março de 2025, que a gestora global BlackRock atingiu posição equivalente a aproximadamente 4,345% em instrumentos derivativos referenciados em ações da companhia.

De acordo com o comunicado divulgado pela varejista, a correspondência da BlackRock, recebida em 28 de março, detalha que a posição é composta por 4.131.884 contratos financeiros do tipo 'contracts for difference' (CFDs), que representam aproximadamente 4,345% do total de ações ordinárias emitidas pela empresa.

Além dos derivativos, a gestora também possui 690.705 ações ordinárias da Casas Bahia, equivalentes a cerca de 0,726% do capital social da companhia. A BlackRock destacou que as movimentações foram realizadas em 26 de março de 2025, mesmo dia em que a varejista aprovou a incorporação de sua subsidiária Globex Administradora de Consórcios Ltda.

No documento enviado à varejista, a gestora de investimentos ressaltou que o objetivo da participação acionária é estritamente de investimento, "não objetivando alteração do controle acionário ou da estrutura administrativa da Companhia". Esta declaração é semelhante à feita pelo investidor Rafael Ferri, que recentemente atingiu 5,11% de participação no capital social da empresa.

A BlackRock também informou que não celebrou contratos ou acordos que regulem o exercício de direito de voto ou a compra e venda de valores mobiliários emitidos pela Casas Bahia. A gestora tem sede registrada em 50 Hudson Yards, Nova Iorque, Estados Unidos.

A divulgação atende ao artigo 12 da Resolução CVM 44/2021, que determina a comunicação ao mercado quando um investidor atinge participação relevante em uma companhia aberta listada na bolsa de valores. Este novo investimento ocorre poucos dias após a companhia postergar o envio de documentos e a assembleia geral para 30 de abril, e em um momento positivo para a varejista, que reduziu seu prejuízo em 60% em 2024, demonstrando avanços em sua estratégia de recuperação operacional.

Vale lembrar que, no início de março, a empresa esclareceu ao mercado sobre oscilações atípicas em suas ações, reafirmando seu compromisso com a transparência perante os investidores.