A Casas Bahia (BHIA3) informou ao mercado nesta terça-feira, 11 de março de 2025, que Rafael Ferri atingiu participação equivalente a 5,11% do capital social da companhia, entre ações ordinárias e derivativos de liquidação física.

Segundo o comunicado divulgado pela varejista, a posição foi composta por aquisição direta e indireta de ações ordinárias correspondentes a 1,73% do capital social, além de posição em derivativos de liquidação física equivalente a 3,38% do capital.

No documento protocolado junto à Casas Bahia, o investidor declarou que as aquisições foram realizadas tanto através de pessoa física quanto por meio de empresas sob seu controle. Ferri ressaltou que é o beneficiário final e controlador das empresas que adquiriram as participações acionárias.

O comunicado enfatiza que o objetivo da participação é "estritamente de investimento, não tendo como fim alteração do controle ou da estrutura administrativa da Companhia". O investidor também informou que não detém bônus de subscrição, direitos de subscrição de ações ou debêntures conversíveis em ações da varejista.

Adicionalmente, Rafael Ferri declarou que não firmou acordo ou contrato regulando o exercício do direito de voto ou a compra e venda de valores mobiliários de emissão da Casas Bahia. A comunicação, segundo o texto, visa atender às obrigações regulatórias previstas no artigo 12 da Resolução CVM 44/2021.

A participação relevante atingida pelo investidor acontece apenas um dia após a companhia negar conhecimento sobre fatos relevantes que justificassem a oscilação atípica de 15,18% em suas ações no pregão de 7 de março, quando questionada pela B3. É possível que as movimentações de compra realizadas por Ferri tenham contribuído para esta variação nos preços dos papéis.

A participação relevante do investidor ocorre em um momento em que a varejista busca consolidar sua reestruturação operacional iniciada em anos anteriores, após enfrentar desafios no setor de comércio eletrônico e em suas operações físicas. Como parte desta transformação, a empresa lançou recentemente um FIDC voltado para operações de crediário, com capital inicial de R$ 300 milhões.