O Banco do Brasil (BBAS3) divulgou nesta segunda-feira, 17 de março de 2025, sua apresentação institucional com os principais resultados e indicadores alcançados em 2024. Um dos destaques foi a carteira de crédito sustentável, que atingiu R$ 387 bilhões em dezembro do ano passado, composta por operações que geram externalidades sociais e ambientais positivas.

De acordo com o documento, a instituição financeira distribuiu R$ 15,2 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) em 2024, com um payout de 45%. A base acionária do banco conta com 1,5 milhão de investidores, sendo 99% pessoas físicas, enquanto a União Federal mantém 50% do capital e o free float corresponde a 49,6% das ações. Recentemente, o banco anunciou o pagamento de R$ 852 milhões em JCP referente ao primeiro trimestre de 2025.

No segmento de agronegócio, o Banco do Brasil manteve sua posição dominante com market share de 50% e carteira de crédito de R$ 398 bilhões no encerramento de 2024. Foram realizadas mais de 635 mil operações no setor durante o ano, com metade desse volume direcionado à agricultura familiar. Este desempenho contribuiu significativamente para o lucro de R$ 37,9 bilhões reportado em 2024.

A carteira de crédito para pessoas físicas fechou dezembro em R$ 336 bilhões, sendo R$ 139 bilhões (crescimento de 9,8% em relação a 2023) concentrados em crédito consignado, segmento em que o banco detém 21% de participação de mercado.

Para micro, pequenas e médias empresas (MPMEs), a carteira alcançou R$ 125 bilhões, beneficiando 680 mil empresas. Já no segmento de grandes empresas, o volume chegou a R$ 258 bilhões, com atendimento a mais de 12,5 mil clientes durante o período.

A instituição destacou sua atuação digital, com 93,8% das transações realizadas por canais não presenciais e 31,5 milhões de clientes digitais ativos. O banco conta com 86 milhões de clientes em sua base total e mantém presença nacional com 3.997 agências e 6.695 postos de atendimento.

Em sua estratégia de sustentabilidade, o Banco do Brasil assumiu compromissos para 2030, que incluem destinar R$ 500 bilhões para carteira de crédito sustentável, R$ 200 bilhões para agricultura sustentável e R$ 30 bilhões para energia renovável, entre outras metas ASG (Ambientais, Sociais e de Governança). Estas metas de longo prazo complementam as projeções para 2025, que preveem um lucro entre R$ 37 bilhões e R$ 41 bilhões.