Itaú Unibanco mantém notas perpétuas e taxa sobe para 7,56%
Banco decide não resgatar US$ 700 milhões em títulos subordinados emitidos em 2020

O Itaú Unibanco (ITUB3, ITUB4) anunciou nesta quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025, que decidiu não exercer a opção de resgate de suas notas subordinadas perpétuas Nível 1, emitidas pela instituição há exatamente cinco anos. A decisão ocorre na mesma semana em que o banco concluiu uma emissão de US$ 1 bilhão em notas sêniores.
Segundo comunicado divulgado ao mercado, as notas foram emitidas em 27 de fevereiro de 2020, no valor total de US$ 700 milhões, com taxa de retorno de 4,625% ao ano (ISIN: US465562AA45 e USP59699AB77).
Com a decisão de manter os títulos em circulação, a taxa de retorno das notas perpétuas foi atualizada automaticamente para 7,562% ao ano, conforme previsto nos termos finais do instrumento financeiro.
A nova taxa de remuneração será válida pelos próximos cinco anos, até 27 de fevereiro de 2030, ou até a data em que o banco optar por exercer a opção de resgate, o que ocorrer primeiro.
As notas subordinadas perpétuas são instrumentos financeiros híbridos que combinam características de dívida e capital próprio, sendo utilizados por instituições financeiras para fortalecer sua estrutura de capital regulatório. Esta gestão de capital é parte importante da estratégia do Itaú, que recentemente reportou índice de Basileia de 16,5% em seu relatório Pilar 3.
O comunicado foi assinado por Gustavo Lopes Rodrigues, Diretor de Relações com Investidores do Itaú Unibanco Holding S.A., maior banco privado do Brasil em ativos totais, que registrou lucro de R$ 41,4 bilhões em 2024 e recentemente anunciou pagamento de R$ 15 bilhões em proventos aos acionistas.
ITUB4: cotação e indicadoresItaú Unibanco
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