Logo do VisnoInvest

Cosan (CSAN3) registra prejuízo de R$ 1,8 bilhão no 1T25

Resultados foram impactados por desafios operacionais nas subsidiárias; destaque positivo para redução de 26% na dívida líquida

por Redação — Visno Invest
publicado em: 16/05/2025 08:54 — atualizado em: .
Resultados foram impactados por desafios operacionais nas subsidiárias; destaque positivo para redução de 26% na dívida líquida

A Cosan S.A. (B3: CSAN3) divulgou nesta sexta-feira, 16 de maio de 2025, seus resultados financeiros referentes ao primeiro trimestre do ano, registrando prejuízo líquido de R$ 1,8 bilhão, um aumento significativo em relação aos R$ 192 milhões negativos registrados no mesmo período de 2024.

O EBITDA sob gestão atingiu R$ 5,0 bilhões no período, uma redução de 30% em comparação aos R$ 7,2 bilhões do primeiro trimestre do ano anterior. A companhia destacou que os resultados foram impactados por um "cenário macroeconômico desafiador" e diversas adversidades operacionais em suas subsidiárias.

Como ponto positivo, a dívida líquida da Cosan Corporativo totalizou R$ 17,5 bilhões no final de março, representando uma redução de 26% em comparação ao quarto trimestre de 2024. Segundo a empresa, essa diminuição foi impulsionada principalmente pela entrada de recursos provenientes da venda das ações da Vale e pelas ações de liability management realizadas no período.

A companhia também reportou melhorias em sua estrutura de capital, com a redução do custo médio de dívida de CDI+1,40% para CDI+0,91%, e aumento do prazo médio para 6,4 anos. O Índice de Cobertura do Serviço da Dívida (ICSD) encerrou o trimestre em 1,2x, um acréscimo de 0,1x em relação ao 4T24.

Desempenho das subsidiárias

Na Rumo, o EBITDA ajustado totalizou R$ 1,6 bilhão, queda de 3% em relação ao 1T24, devido principalmente à redução de 7% no volume transportado. A empresa enfrentou desafios como a paralisação do Tronco Sul causada por eventos climáticos extremos em maio de 2024.

A Compass apresentou o melhor desempenho entre as subsidiárias, com EBITDA de R$ 1,3 bilhão, crescimento expressivo de 45% na comparação anual. O resultado foi impulsionado por melhores margens no segmento de distribuição e pelo resultado positivo da otimização de cargas de GNL realizadas pela Edge.

Já a Moove teve queda de 32% no EBITDA, totalizando R$ 232 milhões, impactada pelo incêndio ocorrido em fevereiro na planta do Rio de Janeiro, que afetou a produção de lubrificantes e a execução da estratégia comercial.

A Raízen, por sua vez, apresentou EBITDA ajustado de R$ 1,7 bilhão no trimestre, 53% menor que no 1T24, pressionado pelos menores volumes comercializados de combustíveis e açúcar próprio, além da contribuição inferior das operações de trading.

A Radar manteve desempenho estável com EBITDA de R$ 141 milhões, composto principalmente pelo resultado dos arrendamentos das propriedades agrícolas do portfólio, registrando também a venda de uma fazenda no período.

Estes resultados surgem poucas semanas após a inclusão da empresa no Índice de Sustentabilidade da B3 pelo quinto ano consecutivo, reforçando o contraste entre os reconhecimentos em práticas ESG e os desafios operacionais enfrentados pela companhia no início de 2025.

CSAN3: cotação e indicadores
Cosan

Preço
R$ 7,57
Dividend Yield
5,96 %
P/L
-1,28
P/VPA
1,79

Tags: Cosan | CSAN3