A Infracommerce (IFCM3) divulgou nesta terça-feira, 13 de maio de 2025, seus resultados financeiros referentes ao primeiro trimestre de 2025 (1T25), registrando EBITDA positivo pela primeira vez desde o IPO. A companhia, especializada em soluções para comércio digital, reportou EBITDA ajustado de R$ 1,3 milhão, o que representa uma melhora de 102,6% em comparação ao mesmo período de 2024.

O GMV (Gross Merchandise Volume) total alcançou R$ 3,3 bilhões no trimestre, crescimento de 4,4% em relação ao 1T24. O lucro bruto foi de R$ 52 milhões, com expressiva alta de 53,7%, enquanto a margem bruta atingiu 28,1%, avanço de 11,1 pontos percentuais frente ao mesmo período do ano anterior.

A receita líquida somou R$ 184,6 milhões, representando queda de 6,8% em comparação ao 1T24. Segundo a empresa, essa redução é parcialmente atribuída à perda de clientes estratégicos e à saída de contratos considerados onerosos, movimentos que começaram a impactar os resultados a partir do segundo semestre de 2024.

"Desde o início, o foco do nosso plano de turnaround esteve voltado para o Brasil — onde os maiores ajustes eram necessários. Hoje, podemos afirmar com clareza: a operação brasileira voltou a ser um pilar sólido do nosso ecossistema", afirmou Mariano Oriozabala, CEO da companhia, em mensagem que acompanha o relatório de resultados.

A empresa destaca ainda a redução significativa de custos e despesas, que totalizaram R$ 190,5 milhões no 1T25, uma melhoria de 30,5% em comparação ao mesmo período de 2024. O custo dos serviços prestados diminuiu 19,2%, atingindo R$ 132,7 milhões, enquanto as despesas comerciais e administrativas caíram 44%, somando R$ 61,8 milhões.

A operação na América Latina, segundo a companhia, manteve desempenho positivo, com crescimento de 10,34% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, contribuindo para mitigar a queda da receita no Brasil. Atualmente, a Infracommerce mantém presença em nove países da região, com 2.099 colaboradores.

A dívida líquida da companhia encerrou o trimestre em R$ 711,4 milhões, 49,7% superior ao 1T24, referente ao consumo de caixa e amortização de juros. A empresa informou ainda que parte significativa de sua dívida, no valor de R$ 716,2 milhões, pertence ao acordo de reestruturação e outros R$ 10 milhões são objetos de capitalização.