Armac (ARML3) registra lucro líquido de R$ 12,5 milhões no 1T25
Receita bruta cresceu 12% no período, atingindo R$ 481,8 milhões, enquanto EBITDA caiu 16,5% devido à nova estratégia de alocação de capital

A Armac (ARML3) divulgou nesta terça-feira, 13 de maio de 2025, seus resultados financeiros referentes ao primeiro trimestre do ano, registrando lucro líquido de R$ 12,5 milhões, uma queda de 76,4% em comparação ao mesmo período de 2024. Apesar da redução no lucro, a receita bruta da companhia atingiu R$ 481,8 milhões, representando um crescimento de 12% em relação ao 1T24.
O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) totalizou R$ 148,8 milhões, com redução de 16,5% frente ao mesmo trimestre do ano anterior. A companhia atribuiu o resultado principalmente à menor mix das receitas das operações de Locação Simples, gastos não recorrentes relacionados às desmobilizações e constituição de PDD.
Durante o trimestre, a Armac implementou sua nova estratégia de alocação de capital, focada em otimização da eficiência operacional, adequação de preços e revisão do portfólio de contratos. Esta abordagem está alinhada com a postura mais cautelosa que a empresa havia antecipado para 2025, devido ao cenário econômico desafiador. Segundo a empresa, essa estratégia visa priorizar a geração de caixa e reduzir contratos com perfil de queima de caixa prolongada.
Um destaque positivo foi o crescimento da receita de seminovos, que atingiu R$ 63,7 milhões, um aumento expressivo de 152,4% em comparação ao 1T24. A empresa registrou recorde de R$ 64 milhões em vendas de ativos no período, consolidando sua posição como maior rede de lojas de seminovos de máquinas de linha amarela do Brasil.
A frota de locação da Armac encerrou o trimestre com 11.525 equipamentos, representando um aumento de 12,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. O valor total da frota foi estimado em R$ 3,1 bilhões.
O CAPEX (investimentos em bens de capital) totalizou R$ 129,6 milhões no trimestre, um crescimento de 32,1% em comparação ao 1T24. Desse montante, R$ 48,6 milhões foram destinados à expansão, R$ 24 milhões à renovação, R$ 42,2 milhões à manutenção e R$ 14,8 milhões a outros investimentos.
A alavancagem financeira da companhia, medida pela relação entre dívida líquida e EBITDA, foi de 2,34x, apresentando uma redução de 0,02x em comparação ao trimestre anterior. A dívida líquida encerrou o período em R$ 1,656 bilhões, com spread médio em CDI + 1,3% e prazo médio de pagamento de 5,7 anos.
No fluxo de caixa operacional gerencial, a Armac registrou R$ 346,1 milhões, representando uma conversão de 245,6% do EBITDA de Locação, com aumento de 178,7 pontos percentuais em relação ao 1T24. A empresa atribuiu a melhora à redução do contas a receber e à melhoria do prazo de pagamento de fornecedores.
A companhia informou que espera retomar a margem EBITDA de Locação e Serviços para patamares superiores a 50% ao final do atual ciclo de reestruturação, com liberação estimada de aproximadamente R$ 500 milhões de capital, entre ativos imobilizados vendidos e capital de giro retornado.
Vale ressaltar que este resultado trimestral vem após a Armac ter anunciado a distribuição de JCP no início de abril e ocorre em um momento de consolidação da governança corporativa, com a recente formalização do acordo entre os acionistas controladores da família Aragão, que detêm 50,293% das ações da companhia.
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