A Portobello S.A. (B3: PTBL3) divulgou nesta quarta-feira, 14 de maio de 2025, seus resultados financeiros referentes ao primeiro trimestre de 2025. A empresa reportou prejuízo líquido de R$ 32,7 milhões, um aumento de 58% em relação ao prejuízo de R$ 20,7 milhões registrado no mesmo período de 2024.

Apesar do resultado negativo, a receita líquida atingiu R$ 591,4 milhões, representando um crescimento de 12,6% em comparação ao primeiro trimestre do ano anterior. O desempenho foi impulsionado pelo crescimento em todas as unidades, com destaque para a Portobello America, que avançou 66,8%, e a Pointer, com alta de 21,8%.

O lucro bruto alcançou R$ 224,1 milhões no período, crescimento de 14,5% sobre o mesmo trimestre de 2024, com melhora de margem em todas as frentes. A Portobello America teve evolução significativa, com sua margem bruta saltando de -1,8% para 16,4%.

O EBITDA Proforma, que exclui os impactos das inundações que afetaram as operações em Santa Catarina em janeiro, atingiu R$ 104,6 milhões (+28,5%), com margem de 17%. O EBITDA reportado foi de R$ 75,7 milhões, impactado por eventos extraordinários.

"No primeiro trimestre de 2025, o Portobello Grupo manteve sua trajetória de evolução operacional, reforçando a liderança no mercado brasileiro e avançando na consolidação internacional por meio da Portobello America", destacou a empresa no comunicado.

O fluxo de caixa livre foi positivo em R$ 135,7 milhões, comparado a um resultado negativo de R$ 59,8 milhões no primeiro trimestre de 2024. Houve redução significativa do ciclo de conversão de caixa, que passou de 52 para apenas 1 dia.

A dívida líquida da companhia encerrou o trimestre em R$ 928,2 milhões, com alavancagem reportada de 3,0x e Proforma de 2,7x. A empresa reforçou sua posição de caixa para R$ 412 milhões, em comparação aos R$ 79,4 milhões do trimestre anterior. Este resultado ocorre após a companhia ter captado US$ 54 milhões em uma operação de financiamento com o Banco XP no final de março e realizado a recompra de R$ 40 milhões em debêntures no início de abril, como parte de sua estratégia de gestão financeira.

O mercado brasileiro de revestimentos cerâmicos cresceu apenas 0,4% no período, de acordo com dados preliminares da ANFACER citados pela empresa, enquanto a Portobello cresceu 12,6% em receita – desempenho mais de 30 vezes superior ao mercado.

A companhia também informou que migrou para o mercado livre de gás natural no início de maio, tornando-se a primeira empresa catarinense atendida diretamente pela Petrobras, e passou a integrar o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da B3.

Vale notar que a divulgação dos resultados ocorre justamente na data em que estava prevista a saída da Vice-Presidente de Finanças e Relações com Investidores, Rosangela Sutil de Oliveira, que havia anunciado sua renúncia no início de abril.