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Eletrobras registra prejuízo de R$ 81 milhões no 1T25

Resultado foi impactado por reversão de R$ 952 milhões na Chesf relacionada à revisão tarifária de contratos de transmissão

por Redação — Visno Invest
publicado em: 14/05/2025 19:18 — atualizado em: .
Resultado foi impactado por reversão de R$ 952 milhões na Chesf relacionada à revisão tarifária de contratos de transmissão

A Eletrobras (ELET3, ELET5, ELET6) divulgou nesta quarta-feira, 14 de maio de 2025, seus resultados financeiros referentes ao primeiro trimestre de 2025. A companhia registrou prejuízo líquido ajustado de R$ 81 milhões, uma queda de 118,2% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando havia reportado lucro de R$ 447 milhões.

De acordo com o relatório, o resultado negativo foi impactado principalmente pela reversão de R$ 952 milhões na Chesf de parte do valor reconhecido como remensuração regulatória em 2024, após os processos de Revisão Tarifária Periódica dos contratos de transmissão.

A receita operacional líquida regulatória se manteve praticamente estável em R$ 9,708 bilhões, apresentando leve crescimento de 0,1% em comparação ao primeiro trimestre de 2024. A estabilidade ocorreu apesar da redução da Receita Anual Permitida (RAP) de R$ 483 milhões em função da Revisão Tarifária Periódica (RTP 2024).

O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) regulatório ajustado totalizou R$ 5,377 bilhões no período, representando uma redução de 4,1% em relação aos R$ 5,606 bilhões registrados no mesmo trimestre do ano anterior.

Segundo a empresa, o desempenho do EBITDA foi afetado pela menor receita de transmissão, pelos maiores custos com energia comprada para revenda e pela menor contribuição dos resultados das participações societárias. Os custos com energia comprada para revenda atingiram R$ 1,560 bilhão, um expressivo aumento de 111,6% em comparação ao 1T24.

Por outro lado, a companhia reportou uma redução de 8,0% nos custos operacionais (PMSO societário ajustado), que totalizaram R$ 1,467 bilhão, refletindo economias ligadas a ganhos de eficiência. As provisões regulatórias ajustadas também apresentaram melhora, com uma redução significativa da inadimplência com a energia vendida para Amazonas Energia, que passou de R$ 432 milhões no 1T24 para R$ 56 milhões no 1T25.

No segmento de geração, a receita foi de R$ 7,023 bilhões, registrando aumento de R$ 658 milhões frente ao 1T24, impulsionada principalmente pelas maiores receitas no ambiente de contratação livre (ACL), com aumento de 9,9% no preço médio e de 1,0% no volume de energia.

Os investimentos da Eletrobras no primeiro trimestre somaram R$ 912 milhões, apresentando queda de 25,3% em relação ao mesmo período de 2024. Do total investido, R$ 655 milhões foram destinados à transmissão, R$ 167 milhões à geração, R$ 43 milhões à infraestrutura e R$ 47 milhões à área ambiental. A queda nos investimentos foi explicada principalmente pela conclusão da implantação do projeto do Parque Eólico Coxilha Negra em abril de 2025.

A dívida líquida ajustada alcançou R$ 39,272 bilhões ao final do trimestre, representando uma redução de 3,8% em comparação ao 1T24. A relação dívida líquida ajustada/EBITDA LTM ajustado ficou em 1,5x, abaixo dos 2,2x registrados no mesmo período do ano anterior. Esta performance financeira está alinhada com o compromisso da empresa com a otimização de portfólio e a alocação eficiente de capital, sob a liderança de Ivan de Souza Monteiro.

ELET3: cotação e indicadores
Eletrobras

Preço
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P/VPA
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