O Grupo Pão de Açúcar - GPA (PCAR3) informou ao mercado nesta quarta-feira, 14 de maio de 2025, que cinco membros da família Diniz atingiram, em conjunto, participação acionária relevante na empresa. De acordo com o comunicado, a participação total do grupo chegou a 10% das ações ordinárias emitidas pela companhia.

A participação conjunta representa aproximadamente 49 milhões de ações do GPA, sendo que cada um dos cinco acionistas detém individualmente 9,8 milhões de ações, equivalentes a 2% do capital ordinário da varejista. O grupo é formado por André Luiz Coelho Diniz, Alex Sandro Coelho Diniz, Fábio Coelho Diniz, Henrique Mulford Coelho Diniz e Helton Coelho Diniz.

Segundo informado no documento, os acionistas declararam que as participações adquiridas não têm como finalidade alterar a composição do controle ou a estrutura administrativa da Companhia. Esta postura contrasta com a declaração do investidor Rafael Ferri, que ao atingir 5,86% do capital em abril, manifestou explicitamente a intenção de influenciar a governança da varejista.

A confirmação oficial da participação da família Diniz ocorre um mês após o GPA ter negado ter recebido comunicação formal sobre aquisição de participação relevante pelo grupo, quando respondeu a questionamentos da CVM sobre rumores de mercado.

Os membros da família também comunicaram não serem signatários de qualquer acordo ou contrato regulando o exercício do direito de voto ou a compra e venda das ações, não possuindo quaisquer bônus de subscrição, direitos de subscrição de ações, opções de compra ou debêntures conversíveis em ações de emissão do GPA.

O atingimento do patamar de 10% de participação acionária exigiu a divulgação do fato ao mercado, conforme determina o artigo 12 da Resolução CVM nº 44. A empresa ressaltou que seu departamento de Relações com Investidores está à disposição para esclarecimentos adicionais sobre o assunto.

Este movimento dos membros da família Diniz ocorre em um momento de significativas mudanças na estrutura de governança do GPA, que recentemente firmou acordo entre Casino, Tanure e Iabrudi para um novo conselho, e pouco depois da divulgação de resultados do primeiro trimestre que mostraram redução de 74,4% no prejuízo líquido da companhia.