A M. Dias Branco (MDIA3) divulgou nesta terça-feira, 13 de maio de 2025, sua apresentação institucional destacando receita líquida de R$ 9,7 bilhões em 2024, com margem EBITDA de 12%. A companhia, líder no mercado brasileiro de biscoitos e massas, encerrou o ano com alavancagem zero, demonstrando solidez financeira, apesar de resultados mais desafiadores no início de 2025.

Um dos destaques do material é a nova política de remuneração aos acionistas, que prevê pagamentos mensais de dividendos de R$ 0,03 por ação, totalizando R$ 0,09 por ação no trimestre, além de um complemento no ano seguinte. O payout para 2025 será de 80% do lucro líquido distribuível, um aumento em relação aos 40% praticados até 2020.

A empresa mantém forte presença no território nacional, com penetração em 93% dos lares brasileiros. Sua estrutura operacional conta com 21 unidades industriais e 27 centros de distribuição, atendendo aproximadamente 300 mil pontos de venda em mais de 3.240 cidades brasileiras.

A estratégia de crescimento da M. Dias Branco está estruturada em três pilares: negócio atual (biscoitos, massas, farinha de trigo e óleos refinados), expansão para outras categorias de maior valor agregado, e fortalecimento da presença internacional, com exportações para mais de 40 países.

O documento também destaca que 57% da receita da companhia é proveniente de marcas adquiridas ao longo de sua trajetória de expansão. A empresa possui mais de 20 marcas em seu portfólio, algumas com faturamento anual superior a R$ 1 bilhão, como Piraquê, Vitarella, Fortaleza e Richester.

Na frente internacional, a receita líquida cresceu significativamente, saindo de R$ 18 milhões em 2015 para R$ 232 milhões em 2024, representando um crescimento anual composto (CAGR) de 33%. A empresa é a terceira colocada em biscoitos e massas no Uruguai.

Em resposta ao cenário macroeconômico desafiador, a M. Dias Branco informou que mantém uma agenda ativa para capturar ganhos de produtividade e eficiência, com foco na otimização de SG&A e ajustes na malha logística, de produção e distribuição. Essas medidas se mostram necessárias especialmente após pressões nos custos observadas no primeiro trimestre.

No pilar ESG, a companhia manteve pelo segundo ano consecutivo o rating AA da MSCI ESG Ratings e está presente pelo quarto ano consecutivo no portfólio ISE B3. Entre seus compromissos está alcançar 40% de mulheres em cargos de liderança e evolução em ações que reduzam emissões de CO2.