Vale (VALE3) projeta crescimento de 3% ao ano até 2030
Mineradora anuncia expansão da produção de cobre e redução de custos em apresentação ao Bank of America

A Vale (VALE3) apresentou nesta terça-feira, 13 de maio de 2025, seu plano estratégico durante a Metals, Mining and Steel Conference do Bank of America, destacando projeções de crescimento e redução de custos até 2030.
Segundo o material divulgado pela mineradora, a companhia prevê uma taxa composta de crescimento anual (CAGR) de 3% nos volumes de vendas até 2030, mantendo um CAPEX estável em aproximadamente US$ 5,9 bilhões por ano, alinhado com o relatório de alocação de capital divulgado anteriormente pela empresa.
Em relação à produção de minério de ferro, a Vale projeta um aumento gradual das atuais 328 milhões de toneladas em 2024 para cerca de 360 milhões de toneladas até 2030. A empresa também planeja quase duplicar sua produção de aglomerados, atingindo entre 60 e 70 milhões de toneladas no mesmo período.
Um dos destaques da apresentação foi a meta de redução do custo caixa C1 do minério de ferro, que deverá cair para menos de US$ 20 por tonelada até 2026, posicionando a empresa de forma competitiva frente aos seus pares no setor. Este valor representa uma melhoria significativa em relação aos US$ 21/t registrados no primeiro trimestre de 2025.
No segmento de cobre, a Vale pretende acelerar o crescimento da produção, saindo de 348 mil toneladas em 2024 para entre 420 e 500 mil toneladas em 2030, com perspectiva de alcançar aproximadamente 700 mil toneladas até 2035. Essa expansão vem após a companhia ter registrado aumento de 11% na produção de cobre no primeiro trimestre deste ano.
A mineradora também destacou seu programa "Novo Carajás", uma estrutura dedicada para lidar com estratégias de licenciamento e sequenciamento, visando acelerar o desenvolvimento e implementação de projetos na região, que conta com recursos minerais estimados em 3,5 bilhões de toneladas com 0,62% de cobre.
De acordo com a apresentação, a Vale espera gerar um yield de fluxo de caixa livre robusto de aproximadamente 10% em 2025, comparado a cerca de 5% da média de seus concorrentes, conforme estimativas de mercado citadas no documento.
A empresa também enfatizou cinco pilares estratégicos: eficiência de capital, redução de custos, foco no portfólio principal, remuneração aos acionistas e nova gestão com ênfase em evolução cultural, mentalidade de eficiência e segurança como valor central. Esta visão estratégica complementa outras iniciativas da companhia, como a recente joint venture de US$ 1 bilhão com a Global Infrastructure Partners no setor de energia, reforçando seu compromisso com a agenda de descarbonização.
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