CSN registra prejuízo de R$ 732 milhões no 1º trimestre de 2025
Mesmo com resultado negativo, EBITDA ajustado cresceu 27,6% na comparação anual, atingindo R$ 2,5 bilhões

A Companhia Siderúrgica Nacional (CSNA3) divulgou nesta sexta-feira, 9 de maio de 2025, seus resultados do primeiro trimestre de 2025, registrando um prejuízo líquido de R$ 732 milhões. Apesar do resultado negativo, a empresa destacou a melhora operacional com EBITDA ajustado de R$ 2,5 bilhões, crescimento de 27,6% em comparação ao mesmo período de 2024.
A receita líquida da CSN somou R$ 10,9 bilhões no trimestre, representando um aumento de 12,3% em relação ao 1T24, impulsionada pelo crescimento em volumes e preços nos principais segmentos. A margem EBITDA ajustada alcançou 22,0%, uma elevação de 2,8 pontos percentuais na comparação anual.
A empresa destacou a recuperação significativa no segmento de siderurgia, com crescimento de 107% no EBITDA na comparação com o 1T24, atingindo R$ 484,5 milhões. No segmento de mineração, o EBITDA ajustado chegou a R$ 1,4 bilhão, com margem de 41%, beneficiado pelo período mais seco na região sudeste e preços do minério em patamares elevados.
As vendas de aço totalizaram 1.143 mil toneladas no trimestre, um aumento de 5,2% em relação ao mesmo período do ano anterior, enquanto as vendas de minério de ferro alcançaram 9.640 mil toneladas, crescimento de 5,4% na mesma base de comparação.
No segmento de cimentos, as vendas registraram 3.204 mil toneladas, um aumento de 6,2% em relação ao 1T24, com EBITDA de R$ 241 milhões e margem de 21,9%. A CSN atribuiu o bom desempenho ao mercado imobiliário aquecido e resiliente, apesar da pressão dos juros altos. Vale destacar que este segmento também tem sido foco dos esforços ambientais da companhia, que recentemente anunciou novas metas para redução de emissões.
A dívida líquida consolidada atingiu R$ 35,8 bilhões ao final do trimestre, com alavancagem (dívida líquida/EBITDA) de 3,33x, uma redução de 16 pontos-base em relação ao trimestre anterior. A companhia informou ter reduzido sua dívida bruta em R$ 3,6 bilhões no período, dando continuidade ao compromisso de desalavancagem anunciado após o prejuízo registrado em 2024.
O resultado financeiro do trimestre foi negativo em R$ 1,85 bilhão, representando um aumento de 46,6% em relação ao trimestre anterior, refletindo o impacto negativo da variação cambial nas aplicações do exterior, fator que contribuiu significativamente para o prejuízo do período.
A CSN manteve sua política de carregar um caixa elevado, que atingiu R$ 21,2 bilhões no final do trimestre, e reiterou seu compromisso com a redução do nível de endividamento, afirmando que está bem posicionada para entregar um desempenho mais forte em 2025. A estratégia de crescimento da empresa inclui também o fortalecimento de sua infraestrutura logística com recentes aquisições para expandir operações intermodais.
CSNA3: cotação e indicadoresCompanhia Siderúrgica Nacional - CSN
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