A Vale (VALE3) divulgou nesta quinta-feira (24) seus resultados financeiros referentes ao primeiro trimestre de 2025, reportando lucro líquido de US$ 1,394 bilhão, valor 17% inferior ao mesmo período do ano anterior. O EBITDA proforma atingiu US$ 3,212 bilhões, apresentando queda de 8% na comparação anual.

A receita líquida da mineradora totalizou US$ 8,119 bilhões no primeiro trimestre, representando redução de 4% em relação ao 1T24. Apesar da queda nos resultados financeiros, a companhia destacou o bom desempenho na gestão de custos, com o custo caixa C1 de minério de ferro atingindo US$ 21/t, redução de 11% na comparação anual.

"Tivemos um início de ano consistente, alinhado com nossos objetivos para 2025. Estamos vendo um bom momento na gestão de custos, com nosso C1 atingindo US$ 21/t no 1T, continuando a trajetória de queda ano a ano", afirmou Gustavo Pimenta, CEO da Vale, em comunicado oficial.

O fluxo de caixa livre recorrente da Vale foi de US$ 504 milhões no período, queda de 78% em relação ao primeiro trimestre de 2024. A companhia explicou que essa redução reflete o menor EBITDA e maior capital de giro, influenciado por fatores sazonais como desembolsos relacionados à participação nos lucros e aumento no saldo de estoques.

No segmento de minério de ferro, o preço médio realizado foi de US$ 90,8/t, permanecendo praticamente estável na comparação trimestral, enquanto apresentou queda de 10% na comparação anual. As vendas de minério de ferro aumentaram 4% em relação ao mesmo período do ano passado.

Os custos all-in do cobre foram 63% menores na comparação anual, atingindo US$ 1.212/t, impulsionados por um desempenho operacional consistente e maiores receitas com subprodutos. No segmento de níquel, os custos all-in foram 4% inferiores ao primeiro trimestre de 2024.

A Vale também anunciou um acordo com a Global Infrastructure Partners para estabelecer uma joint venture com a Aliança Geração de Energia. Após a conclusão da transação, prevista para o segundo semestre de 2025, a mineradora receberá aproximadamente US$ 1 bilhão e deterá participação de 30% no empreendimento.

A dívida líquida expandida da companhia alcançou US$ 18,2 bilhões em 31 de março, aumento de US$ 1,8 bilhão em relação ao trimestre anterior, impactada pelo pagamento de dividendos e juros sobre capital próprio.

Para 2025, a Vale mantém seu guidance de custo caixa C1 para minério de ferro entre US$ 20,5-22,0/t e prevê investimentos totais de US$ 5,9 bilhões no ano.

A apresentação completa dos resultados financeiros ocorreu conforme o cronograma previamente anunciado pela companhia, que já havia divulgado seu relatório anual Form 20-F referente a 2024 no final de março.