CSN Mineração registra prejuízo de R$ 357 milhões no 1T25
Resultado foi impactado por efeito cambial negativo de R$ 1,05 bilhão; EBITDA cresceu 27,1% em relação ao mesmo período de 2024

A CSN Mineração (CMIN3) divulgou nesta sexta-feira, 9 de maio de 2025, seus resultados financeiros do primeiro trimestre de 2025, registrando prejuízo líquido de R$ 357,3 milhões. O resultado negativo contrasta com o lucro de R$ 2,0 bilhões obtido no trimestre anterior e foi impactado principalmente pela valorização do real frente ao dólar.
De acordo com o comunicado da empresa, o efeito cambial gerou um impacto negativo de R$ 1,05 bilhão sobre uma posição de caixa em moeda estrangeira de US$ 2,4 bilhões. A cotação do dólar passou de R$ 6,19 em 31 de dezembro de 2024 para R$ 5,74 em 31 de março de 2025, afetando significativamente o resultado financeiro da companhia.
Apesar do prejuízo líquido, a mineradora apresentou desempenho operacional positivo. O EBITDA Ajustado atingiu R$ 1,4 bilhão no período, com margem EBITDA de 41,8%, representando crescimento de 27,1% em comparação ao primeiro trimestre de 2024.
A Receita Líquida Ajustada totalizou R$ 3,41 bilhões, um aumento de 21,7% em relação ao mesmo período do ano anterior, embora tenha registrado queda de 12,7% na comparação com o quarto trimestre de 2024 devido à sazonalidade do negócio.
O volume de produção de minério de ferro, incluindo compras de terceiros, cresceu 11,5% em relação ao primeiro trimestre de 2024, atingindo 10,2 milhões de toneladas. Já o volume de vendas alcançou 9,64 milhões de toneladas, um aumento de 5,4% na comparação anual, estabelecendo um novo recorde para o período.
A companhia destacou ainda a redução de 11% no custo C1 em relação ao mesmo período do ano anterior, atingindo US$ 21,0 por tonelada, o que reforça sua competitividade no mercado internacional.
O Conselho de Administração aprovou a distribuição de R$ 1,3 bilhão em dividendos e juros sobre capital próprio, sendo R$ 1,09 bilhão na forma de dividendos intercalares e R$ 210 milhões como JCP. Esse montante se soma aos R$ 211 milhões em JCP aprovados em dezembro de 2024, totalizando R$ 1,5 bilhão a ser distribuído até o final do ano.
Mesmo com o impacto da variação cambial, a CSN Mineração manteve uma sólida posição financeira, com caixa líquido de R$ 4,0 bilhões e indicador de alavancagem (Dívida Líquida/EBITDA) em -0,65x ao final do trimestre.
Na área de ESG, a empresa destacou o atingimento da meta de diversidade de gênero com 26% de mulheres na força de trabalho, um ano antes do prazo originalmente estabelecido, além da conclusão do Estudo de Vulnerabilidade Climática, reforçando seu compromisso com a gestão de riscos climáticos. Este avanço faz parte de uma estratégia ESG mais ampla que inclui redução de emissões e melhoria em indicadores ambientais e sociais reportados pela empresa.
CMIN3: cotação e indicadoresCSN Mineração
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