O Itaú Unibanco (ITUB3, ITUB4) registrou lucro recorrente de R$ 11,1 bilhões no primeiro trimestre de 2025, representando uma alta de 13,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. Os números foram divulgados pela instituição financeira nesta quinta-feira, 8 de maio de 2025.

O retorno recorrente sobre o patrimônio líquido médio anualizado (ROE) atingiu 22,5%, aumento de 0,6 ponto percentual frente ao primeiro trimestre de 2024. Já a carteira de crédito total alcançou R$ 1,4 trilhão, com crescimento de 13,2% em 12 meses.

Um dos destaques positivos foi a qualidade dos ativos. O índice de inadimplência total acima de 90 dias caiu para 2,3%, redução de 0,4 ponto percentual na comparação anual. Na carteira de pessoas físicas, a inadimplência atingiu 3,6%, o menor patamar da história do banco, com queda de 0,6 ponto percentual no período.

"Além de evidenciar os avanços na nossa agenda de inovação e transformação cultural, especialmente na centralidade do cliente, a solidez dos nossos indicadores financeiros demonstram o quanto o Itaú Unibanco está preparado e forte para enfrentar desafios e aproveitar oportunidades", afirmou o CEO do banco no comunicado oficial.

A carteira de crédito para pessoas físicas avançou 8,6% em 12 meses, com destaque para os crescimentos de 16,7% em crédito imobiliário, 9,0% em veículos e 7,8% em crédito pessoal. As receitas de serviços e seguros também apresentaram evolução positiva, com alta de 5,6% em relação ao mesmo período de 2024.

O banco segue investindo em inovação digital. O Superapp Itaú, plataforma que consolida todas as soluções bancárias em único aplicativo, lançou 16 novos produtos em 2024, incluindo Pix Crédito, Cofrinhos e soluções baseadas em Inteligência Artificial.

As despesas não decorrentes de juros somaram R$ 15,8 bilhões, aumento de 9,8% em relação ao primeiro trimestre de 2024, refletindo investimentos estratégicos em tecnologia. Mesmo assim, o índice de eficiência do banco alcançou 38,1%, o menor da série histórica, com redução de 0,2 ponto percentual.

O índice de capital principal (CET I) fechou março de 2025 em 12,6%, apresentando evolução positiva de 0,3 ponto percentual quando comparado ao número proforma de dezembro de 2024, já ajustado pelos pagamentos dos dividendos adicionais. Este resultado está alinhado com o relatório de Gerenciamento de Riscos e Capital divulgado pelo banco para o mesmo período, que detalha a emissão de R$ 4,4 bilhões em Letras Financeiras Subordinadas Perpétuas que contribuíram para a manutenção dos índices de capital após o pagamento de dividendos.