Assaí (ASAI3) registra lucro de R$ 162 milhões no 1T25, alta de 74,2%
Rede atacadista apresenta margem EBITDA de 5,5%, maior patamar para um primeiro trimestre desde 2021; faturamento atinge R$ 20,3 bilhões

O Assaí (ASAI3) divulgou na quinta-feira, 8 de maio de 2025, o balanço financeiro referente ao primeiro trimestre deste ano, registrando lucro líquido de R$ 162 milhões na visão pré-IFRS16, valor 74,2% superior ao mesmo período de 2024. Na métrica pós-IFRS16, o lucro atingiu R$ 117 milhões, um avanço de 95% na comparação anual.
A companhia reportou faturamento bruto de R$ 20,3 bilhões entre janeiro e março, crescimento de 7,8% em relação ao mesmo intervalo do ano anterior. A receita líquida somou R$ 18,6 bilhões, alta de 7,7%.
O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado pré-IFRS16 superou R$ 1 bilhão no trimestre, representando aumento de 13,9% frente ao 1T24. A margem EBITDA alcançou 5,5%, elevação de 0,3 ponto percentual, atingindo o maior patamar para um primeiro trimestre desde 2021.
"O resultado do 1T25 reafirma a resiliência do Assaí e a nossa capacidade de adaptação em um cenário ainda desafiador", afirmou Belmiro Gomes, CEO da companhia, destacando que o trimestre registrou "a maior margem EBITDA para um 1º trimestre desde o 1T21 na visão Pré-IFRS16 e o recorde histórico na visão Pós-IFRS16".
As vendas em lojas comparáveis ('mesmas lojas') cresceram 5,5% no período, acelerando em relação ao ritmo de 4,4% registrado no quarto trimestre de 2024, excluindo efeitos de calendário. Nos últimos 12 meses, a empresa inaugurou 11 novas unidades em cidades estratégicas, resultando em aumento de 3,6% na área de vendas.
A alavancagem financeira, medida pela relação entre dívida líquida e EBITDA ajustado pré-IFRS16, reduziu para 3,15x, queda de 0,60x em comparação ao 1T24. A companhia projeta que esse indicador atinja aproximadamente 2,6x ao final de 2025.
Para 2025, o Assaí prevê a abertura de cerca de 10 novas lojas. A empresa também anunciou revisão no guidance para 2026, reduzindo a previsão de aberturas de aproximadamente 20 para cerca de 10 unidades. Segundo o comunicado, a decisão reflete "a estratégia de continuidade na disciplina financeira e foco na redução da alavancagem".
A geração de caixa livre atingiu R$ 1,6 bilhão nos últimos 12 meses, revertendo o consumo de R$ 879 milhões registrado no mesmo período do ano anterior. O resultado foi impulsionado pela conclusão dos pagamentos da aquisição de hipermercados, redução no ritmo de expansão e evolução do EBITDA.
O documento também destaca que o conjunto de 64 lojas convertidas entre 2022 e 2023 continuou avançando em sua curva de maturação, com margem EBITDA pré-IFRS16 de 5,3%, valor 1,3 ponto percentual acima do registrado no 1T24.
Os resultados positivos surgem poucos dias após a aprovação da distribuição de dividendos no valor de R$ 19,6 milhões aos acionistas da companhia, anunciada em 25 de abril.
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