O Grupo Mateus (GMAT3) divulgou nesta segunda-feira, 5 de maio de 2025, os resultados financeiros do primeiro trimestre deste ano, com lucro líquido de R$ 318,6 milhões, representando um aumento de 32,5% em comparação ao mesmo período de 2024.

A receita líquida atingiu R$ 8,3 bilhões, crescimento de 12,9% em relação ao primeiro trimestre do ano anterior. O desempenho foi impulsionado principalmente pela abertura de 17 lojas nos últimos 12 meses e pelo crescimento de 5,2% nas vendas em mesmas lojas (SSS). Considerando o período de janeiro a abril e excluindo o efeito calendário do ano bissexto em 2024, o SSS alcançou 7,1%.

O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) pós-IFRS 16 cresceu 27,4%, totalizando R$ 649,9 milhões no trimestre, com margem de 7,8%, avanço de 0,9 ponto percentual em relação ao 1T24. A margem bruta alcançou 23,0%, incremento de 0,7 ponto percentual.

"O crescimento registrado decorre do aumento da receita líquida, impulsionado pelo desempenho progressivo das lojas já em operação, pela ampliação do número de unidades inauguradas recentemente e pelo forte ritmo de crescimento do canal Atacado (B2B)", destacou a companhia no documento.

Durante o trimestre, o Grupo inaugurou quatro novas lojas, sendo duas unidades de atacarejo nos estados de Pernambuco e Bahia, e duas unidades de supermercado no Maranhão. Ao final do período, a empresa contava com 276 unidades, sendo 172 lojas de varejo alimentar e 104 lojas de eletro. Vale destacar que a empresa continua seu plano de expansão, tendo inaugurado uma nova unidade de Atacarejo em Rosário (MA) no final de abril, atingindo a marca de 280 estabelecimentos.

No segmento de atacarejo, que representa 55,7% da receita bruta da companhia, as vendas cresceram 12,1%, atingindo R$ 5,3 bilhões. Já o segmento de atacado (B2B) apresentou expansão de 29,8%, alcançando R$ 1,8 bilhão.

As despesas operacionais representaram 15,2% da receita líquida no trimestre, redução de 0,2 ponto percentual em relação ao mesmo período de 2024, refletindo os esforços da empresa em manter a eficiência operacional.

A dívida líquida da companhia atingiu R$ 614,5 milhões ao final de março de 2025, com indicador de Dívida Líquida/EBITDA ajustado (pré-IFRS 16) em 0,27x, mantendo-se estável em relação ao primeiro trimestre de 2024. O saldo de caixa era de R$ 1,5 bilhão. Recentemente, a companhia aprovou distribuição de R$135 milhões em JCP, demonstrando seu compromisso com a remuneração aos acionistas.

A empresa destacou ainda o desempenho da Regional Nordeste, onde a margem EBITDA pós-IFRS 16 cresceu novamente, atingindo 7,0% nos últimos 12 meses encerrados em março de 2025, ante 5,4% no mesmo período de 2024, evidenciando a solidez da estratégia de expansão que incluiu a inauguração de novas lojas em diferentes estados nos últimos meses.