PRIO registra lucro de US$ 345 milhões no 1T25, alta de 54%
Petroleira brasileira aumenta produção em 24% e anuncia aquisição de 60% restantes do campo de Peregrino por US$ 3,35 bilhões

A PRIO (PRIO3) divulgou nesta terça-feira, 6 de maio de 2025, seus resultados financeiros referentes ao primeiro trimestre de 2025, registrando lucro líquido de US$ 345 milhões, um aumento expressivo de 54% em comparação ao mesmo período do ano anterior.
A petroleira brasileira reportou receita total de US$ 727 milhões, representando crescimento de 14% frente ao 1T24, mesmo em cenário de redução do preço médio do petróleo Brent, que caiu 8,3% no período. A companhia atribuiu o desempenho positivo ao aumento da produção e à eficácia de sua estratégia comercial.
A produção média alcançou 109,3 mil barris por dia no trimestre, uma expansão de 24% em relação ao mesmo período de 2024, principalmente devido à consolidação de 40% do campo de Peregrino, adquirido em dezembro último. O volume total de vendas atingiu o recorde histórico de 10,2 milhões de barris.
Em movimento estratégico significativo, a PRIO anunciou a assinatura de contratos com a Equinor para adquirir os 60% restantes do campo de Peregrino por US$ 3,35 bilhões. A transação, que deve ser concluída entre final de 2025 e meados de 2026, adicionará 202 milhões de barris de reservas 1P+1C à companhia.
O EBITDA ajustado (excluindo efeitos do IFRS 16) foi de US$ 447 milhões, com margem de 64%, apresentando recuo de 4% em relação ao primeiro trimestre de 2024. O lifting cost ficou em US$ 12,8 por barril, ligeiramente abaixo das expectativas da empresa.
Na frente ambiental, a petroleira obteve licença de perfuração para o campo de Wahoo, iniciando operações com a plataforma Hunter Queen. A empresa também destacou avanços operacionais no campo Albacora Leste, que atingiu eficiência de 88,8% em abril após instalação de nova turbina e compressor de gás.
A posição de caixa ao final do trimestre foi de US$ 725 milhões, com índice de alavancagem (dívida líquida/EBITDA ajustado) de 1,3x, nível considerado saudável pela administração. Em fevereiro, a empresa emitiu debêntures com swap para dólar totalizando aproximadamente US$ 206 milhões.
O campo de Peregrino representou 32,2% da receita total no trimestre, seguido por Frade (28,5%), Albacora Leste (27,5%) e o cluster Polvo e TBMT (11,9%). A empresa mantém perspectiva de crescimento natural em sua trajetória de desalavancagem, mesmo considerando o pagamento pela aquisição remanescente de Peregrino.
A PRIO, maior empresa independente de produção de óleo e gás natural do Brasil, realizará teleconferência sobre os resultados amanhã, 7 de maio, às 15h (horário de Brasília), com tradução simultânea para o inglês.
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