Itaúsa registra lucro recorrente de R$ 14,8 bilhões em 2024
Resultado representa crescimento de 22% em relação ao ano anterior; empresa anuncia distribuição de proventos com dividend yield de 10,8%

A Itaúsa (ITSA3, ITSA4) divulgou nesta segunda-feira, 17 de março de 2025, seu Relatório da Administração referente ao quarto trimestre e ao exercício de 2024, reportando lucro líquido recorrente de R$ 14,8 bilhões, o que representa crescimento de 22% em relação a 2023.
O resultado, que é o maior da série histórica da companhia, reflete o desempenho sólido do portfólio de investimentos, especialmente do Itaú Unibanco, além da melhora no resultado financeiro da holding, em decorrência da bem-sucedida estratégia de liability management.
O ROE (retorno sobre patrimônio líquido) recorrente atingiu 17,4% ao ano, apresentando aumento de 1,7 ponto percentual em comparação com 2023. O resultado recorrente proveniente das empresas investidas, refletido na Itaúsa, foi de R$ 15,7 bilhões, representando aumento de 18%.
Em linha com sua política de remuneração aos acionistas, a companhia anunciou em fevereiro de 2025 a declaração de R$ 6,6 bilhões em proventos adicionais, totalizando proventos relativos a 2024 de R$ 9,6 bilhões líquidos (R$ 0,88 por ação), um aumento de 20% em relação a 2023, com dividend yield de 10,8% e payout de 68%.
A Itaúsa também anunciou uma chamada de capital, com aumento de até R$ 1 bilhão no capital total, ao preço de R$ 6,70 por ação, representando deságio de 30% sobre o valor de mercado. A subscrição ocorrerá entre 10 de março e 10 de abril de 2025.
O valor de mercado do portfólio da holding ao final de 2024 era de R$ 121,5 bilhões, registrando queda de 11% em relação a 31 de dezembro de 2023, enquanto o valor de mercado da própria Itaúsa alcançou R$ 95,7 bilhões, resultando em um desconto de holding de 21,2%.
Alfredo Setubal, presidente da Itaúsa, destacou que "o ano de 2024 foi marcado por resultados crescentes do portfólio, além do melhor resultado financeiro da holding, em decorrência da sua estratégia de liability management iniciada ao final de 2022, que se provou bem-sucedida diante do cenário de juros elevados".
A dívida líquida da companhia chegou a R$ 1,052 bilhão ao final de 2024, um aumento de 61,3% em relação a 2023, porém mantendo baixo índice de alavancagem, com a relação dívida líquida sobre patrimônio líquido em apenas 1,2%.
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