O Banco BTG Pactual (BPAC3, BPAC5, BPAC11) informou à B3 S.A. – Brasil, Bolsa, Balcão que não identificou fundamentos ou justificativas para as oscilações atípicas registradas em suas ações ordinárias (BPAC3). A manifestação ocorreu em resposta ao Ofício B3 128/2025-SLE, enviado pela superintendência de listagem da bolsa em 8 de abril.

O questionamento da B3 foi motivado por variações significativas nos preços das ações BPAC3, que apresentaram alta de 8,22% em 8 de abril de 2025, quando o papel saiu de R$ 17,76 e chegou a R$ 19,22, com volume de negociação de R$ 239.805,00 envolvendo 12.600 ações. A oscilação ocorre apenas uma semana após o banco confirmar análises de oportunidades de consolidação no mercado financeiro.

Em comunicado assinado pelo diretor de Relações com Investidores, Renato Hermann Cohn, o banco destacou que suas ações são negociadas majoritariamente sob a forma de Units (BPAC11), compostas por uma ação ordinária e duas ações preferenciais classe A.

"As ações ordinárias (BPAC3), quando negociadas isoladamente, não possuem histórico consistente ou efetivo de negociação, sendo, portanto, consideradas ativos com baixa liquidez e participação marginal no volume total de negociação dos papéis do BTG Pactual", informou a instituição.

O banco ressaltou ainda que, no caso das Units BPAC11, que representam adequadamente o desempenho e a liquidez do emissor, não foi constatada nenhuma negociação fora dos padrões usuais de mercado.

O ofício da B3 faz parte do Convênio de Cooperação firmado com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e solicitava esclarecimentos sobre possíveis fatos que justificassem as oscilações nos papéis. O movimento incomum nas ações acontece em um período de intensa atividade estratégica do banco, que recentemente concluiu a aquisição da Julius Baer Brasil e transferiu seus serviços de escrituração para uma subsidiária própria.