A Braskem (BRKM3, BRKM5, BRKM6) anunciou nesta quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025, que seu Conselho de Administração aprovou o início do projeto para aumentar a capacidade de sua central petroquímica do Rio de Janeiro, onde a empresa já mantém operações industriais. O projeto prevê a adição de 220 mil toneladas de eteno por ano e volumes equivalentes de polietileno.

A petroquímica autorizou a contratação de estudos de engenharia conceitual e básica no montante de aproximadamente R$ 233 milhões. Para viabilizar a expansão, a companhia deverá firmar com a Petrobras um contrato de fornecimento de etano de longo prazo.

Segundo comunicado ao mercado, a Braskem buscará os recursos previstos no âmbito do Regime Especial da Indústria Química ("REIQ Investimentos"), estabelecido pela Lei nº 14.374/2022 e regulamentado pelo Decreto nº 11.668/2023. Este regime prevê crédito presumido de 1,5% de PIS/COFINS para execução de investimentos na ampliação da capacidade instalada da indústria química brasileira.

A iniciativa está inserida na estratégia de transformação da companhia, que busca aumentar a utilização de gás em sua matriz de matéria-prima para impulsionar a competitividade da indústria química nacional. Este movimento ocorre em um momento em que a empresa enfrenta desafios operacionais em suas unidades, tendo registrado queda nas taxas de utilização das centrais petroquímicas brasileiras no último trimestre.

O projeto representa um passo importante no plano de diversificação de insumos da Braskem e reflete a reavaliação estratégica de investimentos que a companhia vem realizando para otimizar sua alocação de capital. A empresa mantém simultaneamente investimentos em diferentes frentes, incluindo compromissos ambientais em outras regiões do país.

O documento foi assinado por Felipe Montoro Jens, Diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Braskem. A empresa não divulgou o prazo de conclusão do projeto nem estimativas de impacto financeiro futuro além do investimento inicial em estudos.