A Biomm (BIOM3) anunciou nesta terça-feira, 20 de maio de 2025, que obteve aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) para o registro do produto Ranivisio (ranibizumabe). O deferimento foi publicado no Diário Oficial da União através da Resolução RE nº 1.828, emitida em 15 de maio de 2025.

O medicamento biossimilar é voltado para o tratamento de condições oculares, representando um mercado anual de R$ 374 milhões na classe terapêutica anti-VEGF, que tem apresentado crescimento contínuo nos últimos três anos, segundo dados divulgados pela companhia.

O ranibizumabe é um fragmento de anticorpo monoclonal utilizado para bloquear o crescimento anormal dos vasos sanguíneos na retina. O produto é indicado para o tratamento de diversas condições que afetam a visão, como degeneração macular relacionada à idade, edema macular diabético e oclusão de veia da retina.

A empresa destacou que o Ranivisio é fornecido pela biofarmacêutica Bioeq, uma joint venture entre a Formycon AG e a Polpharma Biologics Group, com sede na Suíça. A parceria garante à Biomm acesso a um medicamento que atende aos altos padrões de qualidade exigidos em mercados altamente regulados, como Estados Unidos e União Europeia.

O lançamento representa um marco estratégico para a Biomm, que amplia seu portfólio com atuação no segmento oftalmológico. A empresa será uma das primeiras a introduzir um produto biossimilar do ranibizumabe no mercado brasileiro, reforçando sua missão de expandir seu portfólio farmacêutico com competitividade global.

Com a aprovação do registro, a Biomm informou que solicitará autorização de preço do produto junto à Câmara de Regulação de Mercado de Medicamentos (CMED), etapa necessária antes da comercialização no país. Esta nova aprovação chega em momento estratégico para a empresa, que recentemente reportou redução de 28% no prejuízo operacional no primeiro trimestre de 2025, sinalizando melhoria em seus indicadores financeiros após registrar prejuízo de R$ 77,2 milhões em 2024.