A Oncoclínicas (ONCO3) divulgou nesta quinta-feira, 15 de maio de 2025, seus resultados financeiros referentes ao primeiro trimestre de 2025. A empresa reportou EBITDA Ex-PILP de R$ 134,3 milhões, representando uma queda de 44% em comparação ao mesmo período do ano anterior, quando registrou R$ 240,2 milhões.

A receita bruta da companhia atingiu R$ 1,658 bilhão no trimestre, um aumento de apenas 2,3% em relação ao 1T24, desacelerando significativamente frente ao crescimento histórico. Nos últimos 12 meses encerrados em março, a receita bruta somou R$ 6,8 bilhões, crescimento de 10% ano contra ano.

A desaceleração do crescimento e a queda nas margens foram explicadas pela empresa como resultado de uma estratégia deliberada de redução de exposição a fontes pagadoras com menor conversão de receita em caixa. A margem EBITDA Ex-PILP caiu de 16,5% no 1T24 para 9,0% no 1T25.

"No 1T25, a Companhia seguiu executando sua transição para um novo patamar baseado em preservação/geração de caixa, com uma melhora de R$ 131,8 milhões no fluxo de caixa livre vs. o 1T24", destacou a empresa no relatório. Esta abordagem representa a continuidade da política comercial mais conservadora que a empresa iniciou no terceiro trimestre de 2024.

O programa de redução de custos e despesas, iniciado no terceiro trimestre de 2024, resultou em economia normalizada de R$ 32 milhões no 1T25. A dívida líquida se manteve estável, atingindo R$ 3,45 bilhões ao final de março, depois que a empresa havia reportado redução orgânica de R$ 112,3 milhões no trimestre anterior.

A Oncoclínicas também reportou melhorias significativas na conversão de receita em caixa, que alcançou 98,8% no trimestre, comparado a 82,4% no mesmo período do ano anterior. O número de procedimentos cresceu 3,3% no 1T25 vs. 1T24, totalizando aproximadamente 174,2 mil tratamentos.

A rede, maior provedor de tratamento oncológico no setor privado do Brasil, opera atualmente com 146 unidades em 45 cidades, contando com mais de 2.900 especialistas em câncer. Nos últimos doze meses, a companhia prestou aproximadamente 698 mil tratamentos aos seus pacientes.

Vale destacar que os resultados do trimestre ocorrem em um contexto de significativas mudanças corporativas, incluindo a aprovação de um programa de recompra de até 52 milhões de ações anunciado no final de março, bem como recentes disputas societárias envolvendo seus principais acionistas.