A COPASA (CSMG3) divulgou nesta quarta-feira, 14 de maio de 2025, seus resultados financeiros referentes ao primeiro trimestre do ano. A companhia registrou lucro líquido de R$428,5 milhões, valor 21,9% superior ao mesmo período de 2024, quando obteve R$351,6 milhões.

A receita líquida da empresa alcançou R$1,86 bilhão entre janeiro e março, representando um aumento de 10,2% em comparação ao primeiro trimestre do ano anterior. Segundo o documento, esse crescimento foi impulsionado pelo reajuste tarifário autorizado pela Arsae-MG e aplicado em janeiro de 2025, com Efeito Tarifário Médio de 6,42%, além do aumento do volume medido de água (4,0%) e de esgoto (4,4%).

O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) totalizou R$813,5 milhões, crescimento de 16,1% em relação ao primeiro trimestre de 2024. A margem EBITDA avançou para 43,3%, apresentando melhora de 2,2 pontos percentuais em comparação com o 1T24 (41,1%).

Os custos e despesas somaram R$1,22 bilhão no período, alta de 6,4% em relação ao 1T24. Entre os fatores que contribuíram para esse aumento estão os gastos com pessoal (+6,7%) e serviços de terceiros (+8,8%).

A companhia destaca a redução na inadimplência, que atingiu 2,86% em março de 2025, o menor índice observado para o mês desde setembro de 2016. Também houve melhora no índice de perdas na distribuição, que passou de 39,2% em março de 2024 para 37,5% em março de 2025.

O Conselho de Administração aprovou a distribuição de dividendos regulares correspondentes a 50% do lucro líquido ajustado. Para o 1T25, foram declarados R$180,6 milhões, sendo R$113,3 milhões em forma de Juros sobre Capital Próprio (JCP) e R$67,2 milhões em dividendos, com pagamento programado para 25 de abril.

Os investimentos realizados pela empresa somaram R$543,3 milhões no primeiro trimestre, valor 45,9% superior ao mesmo período de 2024. A dívida líquida atingiu R$5,37 bilhões em março de 2025, com relação dívida líquida/EBITDA de 1,8 vezes.

O nível dos reservatórios do Sistema Paraopeba, importante para o abastecimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte, encontrava-se em 88% da capacidade de reservação ao final do trimestre.

A divulgação desses resultados ocorre pouco depois da companhia ser confirmada na carteira do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da B3, reforçando seu compromisso com práticas ambientais, sociais e de governança.