A Oi (OIBR3, OIBR4) divulgou nesta quarta-feira, 14 de maio de 2025, seus resultados financeiros referentes ao primeiro trimestre de 2025, registrando lucro líquido de R$1,65 bilhão, revertendo o prejuízo de R$2,78 bilhões no mesmo período do ano anterior.

A companhia reportou uma redução expressiva de 58,9% em sua dívida bruta a valor justo na comparação anual, totalizando R$11,3 bilhões ao final do trimestre. A queda reflete os efeitos da reestruturação financeira após a aprovação e homologação do Plano de Recuperação Judicial (PRJ), dando continuidade à tendência já observada no trimestre anterior, quando a dívida líquida havia caído 56% em base anual.

A receita das operações continuadas da Nova Oi somou R$631 milhões no período, sendo composta por 59% de receitas da Oi Soluções, 26% relativas às subsidiárias nacionais e apenas 15% representada pelo legado e atacado. Na comparação anual, houve queda de 27,1% nas receitas continuadas.

No trimestre, a empresa concluiu importantes processos de venda de ativos previstos em seu PRJ, incluindo a alienação da UPI ClientCo, que resultou na ampliação da participação da Oi na V.Tal para 27,5%, a consumação da compra e venda da UPI TVCo, e o fechamento da operação de alienação dos acervos imóveis e torres selecionados. Estas operações fazem parte do plano de reestruturação que também incluiu recentemente a capitalização de juros da dívida para preservar liquidez.

"No primeiro trimestre de 2025, a Companhia concluiu a transferência da UPI ClientCo e da UPI TV, conforme divulgado em Fato Relevante do dia 05 de março de 2025. Neste sentido, apenas a partir de março de 2025 as receitas e despesas destas operações deixaram de compor os resultados", informou a operadora.

A Oi Soluções, unidade voltada para o atendimento corporativo, registrou receita líquida de R$371 milhões no 1T25, com queda de 21,8% na comparação anual. As receitas de TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação), foco de crescimento do segmento, totalizaram R$145 milhões, um aumento de 4,3% tanto na comparação anual quanto trimestral.

A empresa manteve sua postura de redução de custos, com OPEX e Capex apresentando quedas de 21,1% e 44,0%, respectivamente, na comparação anual. Os investimentos totalizaram R$78 milhões no 1T25, representando 5,4% da receita, uma redução de 1,3 pontos percentuais em relação ao ano anterior.

O EBITDA de rotina das operações brasileiras registrou consumo de R$445 milhões. A empresa destacou que estes números incluem o impacto negativo das operações de Fibra até fevereiro de 2025, e que os custos relacionados à rede legada ainda são elevados. Trata-se de uma piora em relação ao EBITDA negativo de R$129 milhões do 4T24, quando a companhia já havia sinalizado expectativa de melhora após a conclusão das transações de venda de ativos.

O saldo de caixa consolidado ao final do trimestre foi de R$1,5 bilhão, com redução de 17,8% no comparativo trimestral e de 30,4% na comparação anual. A companhia informou que segue recorrendo a fontes de recursos não core para cobrir o gap ainda presente em 2025.