A Telefônica Brasil (VIVT3), controladora da marca Vivo, anunciou nesta segunda-feira, 12 de maio de 2025, um lucro líquido de R$ 1,058 bilhão no primeiro trimestre de 2025, o que representa um crescimento de 18,1% em comparação com o mesmo período do ano anterior. A receita operacional líquida somou R$ 14,39 bilhões, um aumento de 6,2% na comparação anual.

O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) totalizou R$ 5,704 bilhões, crescimento de 8,1% em relação ao 1T24, com margem de 39,6%, expansão de 0,7 ponto percentual. O resultado foi impulsionado principalmente pelo forte desempenho das receitas de pós-pago e fibra.

No segmento móvel, a receita cresceu 6,5% no comparativo anual, atingindo R$ 9,272 bilhões, com destaque para o pós-pago, que avançou 10,3%. A companhia encerrou o trimestre com 102,4 milhões de acessos móveis, crescimento de 2,7% em relação ao 1T24, sendo 67,4 milhões de clientes no pós-pago, alta de 7,7%.

Na operação fixa, a receita líquida registrou aumento de 6,2%, somando R$ 4,209 bilhões. A base de FTTH (fibra óptica até o domicílio) alcançou 7,2 milhões de conexões, crescimento de 12,9% em comparação ao mesmo período do ano anterior. A empresa atingiu 29,6 milhões de casas passadas com fibra, expansão de 10,5%.

"Nos últimos 12 meses, a receita média mensal por CPF atingiu R$ 62,9, refletindo o crescimento das receitas B2C telco e B2C novos negócios, reforçando nosso posicionamento como um one-stop-shop para nossos clientes", destacou a companhia no relatório.

Os investimentos da operadora totalizaram R$ 1,869 bilhão no primeiro trimestre, ligeira queda de 0,3% em relação ao mesmo período de 2024, representando 13% da receita líquida, redução de 0,9 ponto percentual. A companhia destacou que os recursos foram direcionados principalmente para a expansão da rede móvel 5G, presente em 519 municípios, e para aceleração da operação de fibra.

O fluxo de caixa livre atingiu R$ 2,124 bilhões, queda de 10,7% na comparação anual. Até abril de 2025, a remuneração paga aos acionistas somou R$ 2,576 bilhões, incluindo R$ 2,25 bilhões em juros sobre capital próprio e R$ 326 milhões referentes à recompra de ações. Recentemente, a empresa também aprovou a distribuição de R$ 500 milhões em JCP aos seus acionistas, reforçando seu compromisso com a remuneração aos investidores.

A companhia destacou ainda a migração do regime de concessão da voz fixa para autorização, oficializada em 11 de abril de 2025, o que permitirá otimizar custos e investimentos. Entre os benefícios financeiros esperados estão aproximadamente R$ 3 bilhões com a venda de cobre recuperado de cabos e R$ 1,5 bilhão proveniente da venda de imóveis e centrais.