Oi divulga prejuízo operacional de R$129 milhões no 4T24
Empresa reduz dívida líquida em 56% e avança em reestruturação com conclusão da venda da UPI ClientCo para V.tal

A Oi (OIBR3, OIBR4) divulgou nesta quarta-feira, 26 de março de 2025, os resultados financeiros referentes ao quarto trimestre de 2024. A companhia registrou um EBITDA de Rotina negativo de R$129 milhões, representando uma margem de -6,9%, uma melhora em relação ao trimestre anterior quando o indicador foi negativo em R$388 milhões.
A receita líquida consolidada totalizou R$1,879 bilhão no período, queda de 17,4% na comparação anual. A Nova Oi, foco atual da empresa, registrou receita de R$625 milhões, com redução de 33,5% em relação ao mesmo período do ano anterior, impactada principalmente pelo segmento não-core.
A divisão Oi Soluções, voltada ao mercado corporativo, apresentou receita de R$409 milhões no trimestre, recuo de 24,3% na comparação anual, refletindo a estratégia de vendas mais seletivas e a aceleração na queda de serviços legados. No entanto, a receita de TIC (Tecnologia, Informação e Comunicação) representou 34% do faturamento da unidade.
Um ponto positivo destacado pela companhia foi a redução significativa da dívida líquida, que caiu 56% em base anual, chegando a R$10,184 bilhões, resultado do processo de reestruturação financeira concluído no período. A empresa também reduziu em 38% seus custos operacionais e investimentos (Opex + Capex) no trimestre.
Entre os avanços estratégicos de 2024, a Oi concluiu o leilão da UPI ClientCo para a V.tal, operação de R$5,7 bilhões finalizada em fevereiro de 2025. Com a transação, a companhia passou a deter 27,5% de participação na V.tal.
"A Oi avançou na aprovação do Plano de Recuperação Judicial e na agenda regulatória, importantes pilares para a sua sustentabilidade financeira", informou a empresa no material divulgado aos investidores.
A operadora também destacou a conclusão da capitalização dos créditos da Opção I de Reestruturação, com a implantação de nova governança. Com isso, os credores apoiadores do Plano de Recuperação Judicial passaram a deter 79,3% do capital social da Oi.
Para os próximos trimestres, a companhia projeta melhora no EBITDA e nas margens após a finalização do processo de transição do regime de Concessão para Autorização e a conclusão da operação de alienação da ClientCo.
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