O Banco do Brasil (BBAS3) confirmou nesta segunda-feira, 12 de maio de 2025, a mudança no modelo societário da bandeira de cartões Elo, em resposta a questionamentos da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sobre notícia veiculada na mídia.

Através de Comunicado ao Mercado, o BB esclareceu que celebrou um instrumento referente à equalização das participações societárias na Elo Serviços S.A., onde os três sócios - Banco do Brasil, Bradesco e Caixa Econômica Federal - voltarão a ter um terço da companhia cada um.

A reestruturação representa um retorno ao modelo societário original estabelecido em 2011, quando a Elo foi fundada. Ao longo dos anos, a composição acionária havia sido alterada devido ao antigo mecanismo de apuração, que redistribuía as ações a cada quatro anos conforme a contribuição de cada banco para o negócio.

De acordo com o comunicado, o novo modelo altera principalmente a forma de distribuição de dividendos, que passará a ser determinada pela contribuição de cada acionista para os resultados da Elo, sem modificar a estrutura de controle equitativo.

O banco ressaltou que a operação não impacta seu resultado financeiro e não representa alteração material de sua participação na bandeira de cartões, razão pela qual não foi classificada como fato relevante. "A operação não tem potencial de influenciar na cotação dos valores mobiliários de sua emissão ou na decisão dos investidores", afirmou a instituição, que recentemente adiou a divulgação de seus resultados do primeiro trimestre devido à viagem da presidenta à China.

A implementação da mudança ainda depende de aprovações regulatórias do Banco Central do Brasil e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE). O BB também destacou que adota padrões de governança corporativa compatíveis com as leis e boas práticas de mercado em suas participações societárias, seguindo os mesmos princípios que norteiam as recentes atualizações em seu Conselho de Administração.

O Banco do Brasil segue com forte atuação no mercado financeiro nacional, tendo registrado R$ 37,9 bilhões de lucro em 2024, enquanto mantém sua estratégia de diversificação de investimentos e participações societárias.