O Banco Mercantil (BMEB3, BMEB4) divulgou nesta quarta-feira, 14 de maio de 2025, seus resultados financeiros referentes ao primeiro trimestre de 2025. A instituição registrou lucro líquido de R$ 241 milhões, o que representa um crescimento de 46% em comparação com o mesmo período de 2024, quando o resultado foi de R$ 165 milhões.

De acordo com o relatório, o banco atingiu um Retorno sobre o Patrimônio Líquido Médio Anualizado (ROAE) de 46,4% nos últimos 12 meses, marcando o décimo trimestre consecutivo de resultados recordes. A carteira de crédito totalizou R$ 19 bilhões, um aumento de 27% em relação ao primeiro trimestre do ano anterior.

O segmento de crédito consignado foi destaque no período, com originação de R$ 4,3 bilhões, valor 78% superior ao registrado no 1T24. Com isso, a participação do Banco Mercantil no mercado de consignado INSS saltou de 8,3% para 16,2% em um ano.

A instituição manteve índices de inadimplência abaixo da média do mercado, com atrasos superiores a 90 dias em 2,2%, ante 5,6% do Sistema Financeiro Nacional para pessoas físicas com recursos livres. O custo do crédito seguiu em patamar controlado, com resultado de PDD representando 2,3% da carteira.

As receitas de prestação de serviços somaram R$ 203 milhões no trimestre, crescimento de 27% na comparação anual, com destaque para produtos voltados ao público acima de 50 anos, como seguros e assistências, que representaram 71,3% desse montante.

A estratégia de digitalização mostrou avanços significativos, com 78% das operações de crédito sendo originadas por canais digitais no trimestre, contra 62% no mesmo período de 2024. Segundo o documento, 76% dos novos clientes aderiram ao aplicativo do banco na abertura de conta no 1T25.

No primeiro trimestre, o Banco Mercantil também expandiu sua presença física, com 25 novas agências distribuídas em 24 cidades de cinco estados, focando principalmente nas regiões Sul e Sudeste do país.

O Índice de Basileia encerrou março em 16,4%, demonstrando capacidade de absorção dos impactos da Resolução CMN 4.966, em vigor desde janeiro de 2025, que alterou critérios de classificação de risco e constituição de provisões.